Presumíveis autores de assaltos a gasolineiras julgados em Leiria Está agendada para amanhã (dia 5) no Tribunal Judicial de Leiria a fase de alegações do julgamento do caso que envolve seis jovens com idades compreendidas entre os 17 e os 22 anos, acusados pelo Ministério Público (MP) de assaltos a diversas bombas de gasolina, ocorridos no ano passado nos concelhos de Alcobaça, Leiria, Marinha Grande, Porto de Mós, Caldas da Rainha, Óbidos, Torres Vedras, e Lourinhã. Bruno Januário, Emanuel Graça, Orlando Pereira, Paulo Oliveira, Pedro Mateus e António Conde, residentes em Alcobaça e Nazaré, estão acusados da co-autoria material de um total de 40 crimes, sendo dois de subtracção de documentos, seis de sequestro – em alguns casos os alegados assaltantes fechavam os funcionários das bombas de gasolina em arrecadações ou outros locais -, 17 crimes de roubo qualificado, três crimes de roubo na forma tentada, 14 crimes de falsificação de documentos, e dois crimes de furto simples.
No seu despacho de pronúncia, o MP não imputa aos arguidos o crime de associação criminosa, mas acusa-os de se “organizarem” com o intuito de “levarem à prática diversos roubos, preferencialmente em postos de abastecimento de combustível, de forma a obterem quantias em dinheiro ou objectos que lhes interessavam. Durante as anteriores sessões de julgamento, os jovens confessaram na generalidade ao colectivo de juízes presidido por Ana Paula Baptista, o cometimento os factos de que estão acusados, evidenciando arrependimento e manifestando a intenção de devolver as quantias furtadas nos furtos de que estão acusados. O modo de actuar dos presumíveis assaltantes para consumarem os furtos, tem vindo a revelar-se semelhante: os arguidos – em grupos nem sempre de igual composição – deslocar-se-iam até aos alvos de assalto em viaturas com matrículas falsas, utilizariam uma pistola de alarme e, umas vezes encapuzados e outras de rosto descoberto, exigiam dinheiro e telemóveis, encerrando depois as vítimas em dependências dos estabelecimentos, partilhando depois entre si os montantes furtados. As investigações que levaram os jovens a responder perante a Justiça estiveram a cargo do Na ocasião, os primeiros indícios apontavam para uma agressão, mas as investigações a cargo do Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária, que entre as várias linhas de investigação desenvolvidas, seguiu o “registo” de chamadas de um telemóvel furtado e que contribuiu decisivamente para a identificação dos alegados assaltantes. Igualmente as investigações em torno das circunstâncias que rodearam o aparecimento em Abril de 2006 de um jovem inanimado – Pedro Mateus – numa artéria de Caldas da Rainha (ver REGIÃO nº66) levaram ao desmantelamento do alegado grupo de assaltantes. Os ferimentos graves do jovem foram inicialmente relacionados com uma pretensa agressão, mas a PJ de Leiria concluiu que os ferimentos decorreram de um acidente de viação, e que Pedro Mateus mantinha uma ligação com o grupo de presumíveis assaltantes.
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