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Projecto de aeroporto na Ota borregou

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Autarcas e presidentes da região de turismo Leira/Fátima e Oeste contestam novos estudos sobre localização do novo aeroporto Chuva de críticas oestinas pela decisão do Governo de avaliar Alcochete Os aplausos ao Governo em avançar com a solução Ota deram lugar às críticas pelo inesperado compasso de espera de seis meses para a avaliação da […]
Projecto de aeroporto na Ota borregou

Autarcas e presidentes da região de turismo Leira/Fátima e Oeste contestam novos estudos sobre localização do novo aeroporto

Chuva de críticas oestinas pela decisão do Governo de avaliar Alcochete

Os aplausos ao Governo em avançar com a solução Ota deram lugar às críticas pelo inesperado compasso de espera de seis meses para a avaliação da hipótese AlcocheteAntónio PauloO projecto de construção do novo aeroporto internacional na Ota sofreu nos últimos quinze dias um desenvolvimento falhado – ou seja, como se diz,na terminologia aeronáutica borregou -com o surgir de um estudo sobre várias localizações no Campo de Tiro de Alcochete eao qual o Governo decidiu dar seis meses para ser avaliado. O porta-voz do movimento pró-aeroporto da Ota, Tomás Oliveira Dias, critica a decisão do Governo de encomendar estudos comparativos entre aquela localização e Alcochete para a construção do novo aeroporto internacional. O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, afirmou no passado dia 11, na Assembleia da República, que o Governo vai fazer estudos comparativos entre a Ota e Alcochete, para saber qual destes é o melhor local para construir o novo aeroporto de Lisboa. Mário Lino, numa intervenção proferida durante o colóquio sobre a construção do novo aeroporto de Lisboa, disse que mandatou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para estudar a viabilidade de construir o aeroporto em Alcochete, após ter recebido um estudo mandado elaborar pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), que aponta como sendo económica, financeira e ambientalmente, uma solução mais vantajosa do que a da Ota.

Tomás Oliveira Dias teme que esta decisão venha atrasar ainda mais o projecto de construção do novo aeroporto na Ota. “Estava prevista a abertura do concurso em Setembro” e “entendemos que o processo de construção do novo aeroporto deveria prosseguir”, independentemente dos estudos comparativos que venham a ser feitos. “Acho que há um recuo do Governo, mas não sei as razões, nem que espécie de pressões existiram”, afirmou o dirigente do movimento, que não acredita que os estudos a realizar pelo LNEC venham a permitir a escolha de Alcochete. “É um recuo, mas era bom que não fosse uma perda de tempo” já que, “dada a situação de esgotamento existente na Portela, era importante que não se adiasse ainda mais a construção de um novo aeroporto”, defendeu Tomás Oliveira Dias, lembrando que “Alcochete foi uma das soluções estudadas” nos últimos 40 anos, mas os técnicos nunca consideraram essa localização como a mais favorável. “Alcochete é completamente contra-indicada do ponto de vista ambiental”, até porque faz parte de uma “zona de reserva e de protecção do estuário do Tejo”, considerou o porta-voz do movimento pró-aeroporto da Ota. Depois, mesmo que o Governo venha a escolher Alcochete contra os pareceres técnicos, Tomás Oliveira Dias não acredita que existam apoios comunitários da União Europeia, já que “a zona é considerada muito sensível do ponto de vista ambiental”. Autarcas do Oeste reagem Entretanto, a Associação de Municípios do Oeste (AMO) e os presidentes das Câmaras de Leiria, Santarém e Cartaxo, reuniram-se no passado dia 12, com o ministro das Obras Públicas para pedir explicações sobre a decisão do Governo de efectuar estudos comparativos entre Ota e Alcochete. Os autarcas ouviram as explicações de Mário Lino e saíram da reunião aparentemente mais “tranquilos” com Carlos Lourenço, presidente da AMO a adiantar que o ministro “continua convicto que a Ota é a melhor opção”, dado que “ainda não conhece em pormenor o estudo preliminar” que aponta Alcochete como a melhor localização para a construção do aeroporto. Carlos Lourenço, que é igualmente presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos adiantou ainda que o governante explicou aos autarcas que, “face a todo o desenvolvimento em torno do futuro aeroporto, não teve opção senão dar seguimento ao estudo comparativo”. “O ministro garantiu-nos que no final do ano haverá uma decisão e que não existirão mais adiamentos”, referiu o autarca, sublinhando que, com a recente decisão, “muita coisa está em causa”, particularmente “investimentos e revisões do PDM”, sublinhando que “há 10 anos já estava decidido a localização da Ota, e de um momento para o outro vai tudo por água abaixo”. Depois de terem sido recebidos pelo ministro Mário Lino, autarcas da região de Leiria e do Oeste vão pedir uma audiência ao Presidente da Republica, Cavaco Silva, dando conta das suas preocupações face à decisão do Governo de efectuar estudos comparativos entre a Ota e Alcochete, para a construção do futuro aeroporto internacional. ADRO fala de “cenário trágico” A Agência de Desenvolvimento Regional do Oeste (ADRO) considerou, que o Governo, se recuar na escolha da Ota para instalar o novo aeroporto de Lisboa, demonstrará uma fragilização do sistema político português. Em declarações à TSF, Telmo Faria, presidente da ADRO disse que, caso o futuro aeroporto não seja construído na Ota, o Oeste sofrerá uma tragédia, tendo em conta que, só no sector do turismo, já foram investidos cerca de três mil milhões de euros, na expectativa de que o aeroporto seja instalado na região. Sobre o facto de o Governo ter decidido avançar com um estudo para avaliar a alternativa Alcochete para instalar o aeroporto, Telmo Faria lembrou que José Sócrates afirmou que a escolha da Ota era um processo sem retorno. O primeiro-ministro disse, “muito recentemente ao País inteiro, que a Ota era irreversível”, por isso “não esperamos qualquer alteração em relação a esta situação, sob pena de estarmos a fragilizar todo um sistema que vive da credibilidade do Governo”, disse. O também presidente da Câmara Municipal de Óbidos acrescentou que é necessário que a “confiança” no chefe de Governo “se restabeleça” sobre esta matéria. O dirigente da ADRO – associação que reúne autarcas e empresários do Oeste -, questionou ainda o facto de o estudo encomendado pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), que aponta o Campo de Tiro de Alcochete como a melhor localização para o aeroporto, ter posto em causa um trabalho de muitos anos. Trata-se de um “cenário quase trágico”, porque “parece que os governos centrais não se reuniram das melhores soluções e que afinal é possível um grupo de cidadãos, por muita credibilidades que tenha, pôr em causa uma decisão que tem vindo a ser trabalhada por muitos técnicos durante tantos anos”, frisou. Para Telmo Faria, esta situação “vem abrir uma ideia de instabilidade sobre as decisões governamentais muito grande” e que “deve fazer pensar todos” os portugueses. Movimento cívico pró-Ota Duas semanas antes destes últimos desenvolvimentos cerca de duas centenas de pessoas reunidas em Fátima assinaram um compromisso cívico apelando ao Governo para a urgência na construção do novo aeroporto de Lisboa, na Ota. O documento foi assinado no dia 20 de Maio, em Fátima, por autarcas, deputados, dirigentes cívicos e empresários da região Centro, no final de um jantar onde estiveram presentes mais de três centenas de pessoas. Os subscritores do compromisso rejeitam a construção de qualquer obra aeroportuária na margem Sul do Tejo, apontando a Ota como a melhor solução, tal como garantiu recentemente, durante o “Congresso do Oeste, realizado em Alcobaça, o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, que não hesitou em criticar os que defendem a construção do novo aeroporto na margem Sul, alegando que “não há gente” nem massa crítica para acolher a nova infra-estrutura. No compromisso cívico, já enviado ao Governo, Assembleia da República e partidos políticos, os subscritores lembram que a opção Ota foi tomada há oito anos e que os sucessivos governos apoiaram a decisão. “Não obstante algumas reacções iniciais em contrário, os governos que àquele se seguiram, acabaram, todos eles, por confirmar a mesma opção”, afirmam, criticando os que continuam a defender a realização de mais estudos para adiar uma decisão tomada há vários anos. “Está provado que, do ponto de vista ambiental, a Ota é a melhor localização possível”, sublinham os subscritores entre os quais se encontram nomes, como os do constitucionalista Vital Moreira, o presidente da ANA, Guilhermino Rodrigues e Oliveira Martins, ex-ministro das Obras Públicas no Governo de Cavaco Silva.

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