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A procura de novos mercados

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A pêra Rocha é o fruto mais exportado de Portugal A pêra rocha é dos frutos rainha da região do Oeste mas com o aperfeiçoamento de técnicas e novas estratégias de marketing os produtores querem chegar a outros mercados A pêra Rocha é produzida maioritariamente no Oeste, ocupando uma área produtiva de cerca de 10700 […]

A pêra Rocha é o fruto mais exportado de Portugal A pêra rocha é dos frutos rainha da região do Oeste mas com o aperfeiçoamento de técnicas e novas estratégias de marketing os produtores querem chegar a outros mercados A pêra Rocha é produzida maioritariamente no Oeste, ocupando uma área produtiva de cerca de 10700 hectares, sendo consumida, maioritariamente, por portugueses, sobretudo idosos e crianças com menos de dois anos. É ainda o fruto mais exportado do País, representando um volume de negócio de 90 milhões de euros por ano, dos quais 40 por cento resultam da venda para os mercados inglês, brasileiro, irlandês, francês e russo. E para que os técnicos aprendam a produzir melhor e estarem a par das últimas descobertas relacionadas com o fruto, a Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha (ANP) conseguiu trazer para o Oeste o “ X Simpósio Internacional de Pêra”, um evento, que se realiza de quatro em quatro anos, e cuja última edição decorreu em 2003 na África do Sul e deverá agora decorrer nos Estados Unidos ou Argentina, já que há a tradição de passar pelos vários continentes. No encontro, que se realizou pela primeira vez em Portugal – entre os dias 22 e 26 de Maio – e reuniu 220 investigadores mundiais de pêra, foram apresentadas conclusões de estudos realizados nos últimos anos.

Armando Torres Paulo, presidente da ANP destacou ainda que este simpósio foi “importante para o Oeste na medida em que os cerca de quatro dezenas de técnicos nacionais receberam a informação e novas técnicas de participantes de diversos países”. Actualmente, Portugal é o sexto maior produtor de pêra a nível mundial, sendo a Itália o líder deste segmento do mercado. Também são os portugueses os seus principais consumidores (cerca de 60 por cento), sendo que o fruto é igualmente bem aceite na Inglaterra, Brasil, Rússia e Irlanda. Noutros mercados, a ANP está a sentir algumas dificuldades de penetração pois “as pessoas não estão habituadas ao sabor característico do fruto”, pretendendo agora apostar agora nos novos países que aderiram à União Europeia. “Ano de produção normal” Segundo Armando Torres Paulo, o ano passado foi “bastante forte”, traduzindo-se na terceira maior colheita de sempre, cerca de 170 mil toneladas daquele fruto. Para este ano está prevista uma diminuição de 15 por cento em relação à produção do ano anterior, o que equivale à “produção de um ano normal”. O excesso de produção em 2006 e o tamanho mais pequeno da fruta levou ao desencadear de alguns problemas na sua comercialização. “Há países que gostam de consumir fruta de tamanhos pequenos, mas a grande maioria prefere fruta grande, e Portugal é um desses casos”, explica Armando Torres Paulo, acrescentando que entre “uma pêra grande e uma pequena, com igual qualidade, o consumidor está disposto a dar mais dinheiro pelo fruto de calibre superior”. “Uma situação que não acontece no mercado inglês, em que a fruta, desde que seja bonita, tem o mesmo valor”, sublinha. Grande parte da produção de pêra Rocha, cerca de 98 por cento, é desenvolvida na região do Oeste, mas também existem pequenas explorações em Espanha, França, Brasil e Argentina, mas “todas juntas não fazem 2 por cento da produção portuguesa”, afirmou o responsável da ANP. Armando Torres Paulo destaca que Portugal é um bom exemplo nesta área porque, como estão organizados, trabalham em conjunto e promovem o produto no exterior como um todo. Contudo, os produtores deparam-se com um problema grave de falta de água. Conhecedor da realidade de outros países, Armando Torres Paulo explicou que ali a pêra é produzida com água dos rios que é represada em albufeiras e depois aproveitada. “São países mais evoluídos que nós, do ponto de vista ambiental e ecológico, que não deixam os recursos irem parar ao mar”, disse, acrescentando que em Portugal ainda se vive o “movimento ecologista do século passado, em que se acha que qualquer obra que o homem faz, vai prejudicar a natureza”. Conta agora com o apoio do novo Quadro de Referência de Estratégia Nacional, sustentando que “Portugal é um País com potencial para produção de pêra e maçã e que as pessoas precisam de comer mais fruta” e esperando que “o Governo tenha também esse entendimento, apoiando a criação dessas infra-estruturas para a rega”. Aquele dirigente associativo assegura que “um sistema de rega capaz é a garantia de aumento da produção, pois é durante a época seca que a fruta cresce e, caso não seja regada, as plantas acabam por morrer”. A ANP defende a criação de uma barragem com cerca de mil hectares, para irrigar os pomares de Óbidos, Cadaval, Bombarral e Caldas da Rainha, os concelhos de maior produção de pêra, nos quais se registam grandes dificuldades de abastecimento de água para fins agrícolas.

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