OESTE: REGIÃO OU SUB-REGIÃO?

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EDITORIAL António Salvador Após o Congresso de Leiria, onde foi patente a pouca força da Cidade de Leiria para garantir uma Região alargada, com pouca participação e ausência dalguns dos concelhos do mapa administrativo do Distrito de Leiria, realizou-se o Congresso do Oeste. Deste Congresso, efectuado em Alcobaça, sobressai uma Região com identidade, organizada à […]

EDITORIAL António Salvador Após o Congresso de Leiria, onde foi patente a pouca força da Cidade de Leiria para garantir uma Região alargada, com pouca participação e ausência dalguns dos concelhos do mapa administrativo do Distrito de Leiria, realizou-se o Congresso do Oeste. Deste Congresso, efectuado em Alcobaça, sobressai uma Região com identidade, organizada à volta da Associação de Municípios do Oeste e doutras entidades regionais de serviços intermunicipais (saneamento, água, resíduos sólidos, tecnologias), e de associações empresariais a funcionar em rede, fruto de 20 anos de convivência e entendimento.

A Região Oeste é uma Unidade de Paisagem (a Oeste das Serras de Aire e Candeeiros), entre o pinhal, as serras e o mar, a Norte de Lisboa, com grande potencial para desenvolver os serviços, o turismo e as tecnologias, em torno da sua ruralidade e recursos (mar, vales, serras, cidades), numa paisagem marítima e rural de forte identidade, onde há qualidade ambiental. Leiria, sendo nome de cidade, só teria sucesso como agregadora dos muitos bairrismos regionais e locais, se esmagasse e fosse hegemónica (vide Lisboa), num sistema de “cabeça” forte que não existe, pois há outras cidades no Distrito que discutem protagonismos. Oeste, não sendo nome de local, é nome de Região por natureza, o que permite agregar e unir todas as cidades e municípios que aí pertencem, factor que, não parece, mas é relevante no respeito pelos bairrismos, identidades e demais singularidades locais. O Oeste consegue ter sucesso com Municípios que conjugam esforços ‘fora’ do Distrito de Leiria, com vários projectos e investimentos que irão, se bem coordenados, garantir um futuro promissor para empresas e pessoas. E na escala competitiva Nacional e Europeia? Não é melhor criarmos uma Região forte e alargada, incluindo Leiria e Santarém? Ao discutir as Comunidades Urbanas e Áreas Metropolitanas (em aparente vias de extinção), defendi uma área administrativa, política e territorial, alargada, integrando várias vocações, recursos, gentes e actividades económicas, numa relação humana e económica directa, para ganhar escala face às regiões Ibéricas e Europeias, onde o Oeste teria um papel de relevo. É importante reunir sinergias com mais território, diversificado e rico economicamente, numa Região forte e dinâmica em vários sectores. O Oeste é pequeno à escala europeia, mas numa região mais alargada, podia ter mais visibilidade e afirmação, mantendo a sua identidade.

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