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Cidadania na defesa da floresta

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Dispositivo distrital de combate a incêndios foi apresentando em Pombal O ministro António Costa quer os cidadãos atentos a um Verão que poderá ser muito difícil no que a incêndios florestais diz respeito Carlos Barroso O ministro da Administração Interna, António Costa, apelou à mobilização dos cidadãos face ao problema dos incêndios, admitindo que as […]
Cidadania na defesa da floresta

Dispositivo distrital de combate a incêndios foi apresentando em Pombal O ministro António Costa quer os cidadãos atentos a um Verão que poderá ser muito difícil no que a incêndios florestais diz respeito Carlos Barroso O ministro da Administração Interna, António Costa, apelou à mobilização dos cidadãos face ao problema dos incêndios, admitindo que as mudanças do clima dificultem o seu combate no próximo Verão. “Não está garantido que este será um ano normal. Vamos ter, porventura, um Verão muito difícil”, disse António Costa aos jornalistas, na apresentação do dispositivo do distrito de Leiria, de combate aos incêndios florestais que decorreu em Pombal. Recordando que 2006 “foi um ano excepcional”, tendo sido destruída pelo fogo uma área de floresta significativamente mais reduzida do que em anos anteriores, “um terço da área dos últimos cinco anos”, tendo o governante frisado que “o problema dos incêndios diz respeito a todos”. “Impõe um dever a todos os cidadãos de colaborar na defesa da floresta”, acentuou, tendo ainda em conta que, ano após ano, o agravamento das alterações climáticas tende a facilitar a eclosão e propagação do fogo. O “aperto à fiscalização”, foi outras das frase invocadas pelo ministro que explica que “não é preciso reforço de pessoal, mas antes é necessário fazer cumprir a lei e esse é o esforço que vai ser feito e as autarquia locais, os agentes de protecção civil, as forças de segurança que devem fazer as pessoas cumprirem a lei e autuar quem não a respeita”.

O ministro da Administração Interna quer que 2007 seja “um ano de viragem ao dispositivo na mudança de estratégica que foi feita no ano passado”, sendo este ano um ano de “consolidação”, com base “num crescimento de 15 por cento da componente humana do dispositivo”, apesar de mater os mesmos meios aéreos. Este ano, existem igualmente as equipas heli-transportadas, duas companhias da GNR, companhia especial de bombeiros canarinhos, e um desenvolvimento das forças armadas com equipas especiais de sapadores. Durante o corrente ano estará garantida por concurso, o funcionamento de dois meios aéreos pesados com mais de dez mil litros que vão actuar a partir de Junho. Aos soldados da paz e demais profissionais envolvidos no combate aos incêndios António Costa apelou para usarem os equipamentos de protecção individual de forma adequada, cumprindo todas as regras de segurança. Durante a apresentação foi notória a bolsa azul que cada um dos bombeiros trazia à cintura e que o ministro salientou ser “o primeiro dever de quem garante a segurança dos outros é garantir a sua própria segurança. Nunca podemos facilitar nem aligeirar a segurança”, acentuou o ministro, alertando para o facto de este ano o risco de incêndio ser elevado, a avaliar pelas diferenças de temperaturas ocorridas nos últimos meses. O maior dispositivo de sempre Por seu turno, comandante do Centro Distrital das Operações de Socorro (CDOS), José Manuel Moura, anunciou que o dispositivo de combate a incêndios para este ano é em quantidade “o maior de sempre” e “que envolve em permanência 288 homens. Quanto à qualidade, sabemos da vasta equipa que o distrito dispõe nos 25 corpos de bombeiros, bem como nos outros agentes e, é por isso, que julgamos estar preparados”, aludiu o comandante do CDOS, lembrando que 64 por cento dos 350 mil hectares do distrito estão inventariados como floresta. Moura quer ainda “aumentar a eficácia do ataque inicial aos incêndios nascentes; reduzir a área ardida; reduzir ao mínimo os reacendimentos; e garantir sempre a segurança quer do pessoal em combate aos incêndios, quer dos cidadãos”. Para cumprir esta missão e para potenciar os meios face às necessidades e considerando que as condições meteorológicas são mais desfavoráveis no período de Julho a Setembro, Moura pede “o empenhamento dos meios, que foram faseados em três fases”, fase “Bravo” de 15 Maio a 30 de Junho, a fase “Charlie” de 1 de Julho a 30 de Setembro e a fase “Delta” de 10 a 15 de Outubro. O coordenador referiu ainda que a missão dos vários agentes envolvidos no combate passa pelo aumento da eficácia aos incêndios na fase inicial, a redução da área ardia, a redução ao mínimo dos reacendimentos e garantir a segurança do pessoal em combate e dos cidadãos. “As áreas de maior vulnerabilidade florestal do distrito estão situadas a norte, na região do Pinhal Interior envolvendo os 6 concelhos de maior risco, do Pinhal Litoral, que envolve as matas nacionais de Leiria, de Pedrógão e do Urso, que se desenvolvem desde o concelho Pombal até norte do concelho de Alcobaça, bem como as áreas protegidas do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros”. O coordenador distrital evidenciou no campo tecnológico do CDOS, o sistema de videovigilância, que “cobre integralmente todo o sul do distrito, permitindo uma vigilância de pormenor para esta região bem como um acompanhamento das operações em tempo real, para além do projecto Leiria mais Verde que contempla na sua génese a vigilância aérea”. Problema de segurança interna Também o governador Civil do Distrito de Leiria, José Miguel Medeiros, anunciou que durante este mês vão ser assinados acordos de cooperação com várias entidades, com vista ao reforço do dispositivo de vigilância, nomeadamente a utilização de máquinas de rastos. Medeiros destacou igualmente a distribuição de equipamento individual aos bombeiros, cuja totalidade dos equipamentos estará entregue até ao dia 31 de Maio de 2007 e enalteceu as medidas do Governo nos últimos anos, com a implementação de medidas para o combate aos incêndios, designadamente a aquisição de meios aéreos feita e a criação do Grupo de Intervenção, de Protecção e Socorro da GNR. Realçou, também, a importância das faixas de gestão de combustível e das limitações ao uso do fogo no período crítico, nomeadamente à realização de queimadas, mas também a utilização de máquinas agrícolas e o recurso ao fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. “Os incêndios florestais constituem um grave problema de segurança interna e, num período do ano em que as temperaturas e os factores de risco começam a aumentar, é legítimo convocar todos os cidadãos e as instituições do distrito para a causa do combate aos incêndios e da defesa da floresta”, disse o representante do Governo no distrito. O incremento destes eixos de actuação no território, constituem o contributo que o país espera da nossa região para a concretização do objectivo Nacional de reduzir a área ardida a menos de 100 mil hectares/ano em 2012. Para se atingir este e os outros objectivos previstos no Plano Nacional de Defesa da Floresta “é essencial concretizar mudanças estruturais na floresta, sensibilizar a população, melhorar o desempenho dos diferentes agentes e melhorar a eficácia das acções de vigilância, primeira intervenção, combate e rescaldo de incêndios florestais”, concluiu Medeiros. O dispositivo distrital de combate a incêndios para os meses de Verão, envolve mais de quatro centenas de homens, 25 corporações de bombeiros, 48 equipas de combate a incêndios florestais, 19 equipas de logística de apoio ao combate, dois grupos de reforço de incêndios florestais, três equipas helitransportadas e oito comandantes de permanência de operações.

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