Visões António Trindade Vereador da C.M.N. Os pescadores tem-se manifestado, contra o aumento dos combustíveis, contra a falta de uma linha de crédito contra a falta de apoio à compra de apetrechos de pesca, renovação e modernização das embarcações e contra a baixa de preços do pescado vendido na Lota.
O preço dos combustíveis para este sector é elevado, obrigando os pescadores, pontualmente à paragem das embarcações. Estas paragens prejudicam os pescadores, dado que muitos não atingem na Lota os valores de vendas de pescado suficientes, e que permitam, as renovações das licenças de pesca. O actual sistema de vendas de pescado nas Lotas, é desfavorável para os pescadores, havendo diferenças de ganhos entre pescadores e intermediários que deviam ser minimizados de modo a equilibrar economicamente e trazer mais justiça e equidade a cada um destes protagonistas. Isto tem acontecido, porque não há uma politica que passe pela redução de impostos cobrados à pesca, assim como pela introdução de um sistema de tabelas de preços mínimos, a praticar no acto da primeira venda na lota, de forma a valorizar o pescado e garantir um melhor rendimento para os pescadores. A reorganização e a inovação deste sector permitiria o equilíbrio entre a oferta e a procura e entre cada um dos intermediários e actores do processo, melhorando os ganhos dos pescadores. È fundamental a implementação de um novo plano de venda do pescado e também que sejam definidas regras, que poderiam passar pela liberalização da venda do pescado com uma tabela de preços, que coloque em pé de igualdade todos os intervenientes: Pescadores, Consumidores, Comerciantes, Compradores e Revendedores. Os preços praticados nas Lotas, mesmo quando se trata de peixe grosso, são baixos. O mesmo acontece, quando o pescado é das traineiras de cerco onde ainda se torna mais baixo, atingindo limites mínimos do seu preço, acontecendo diversas vezes, que o pescado é retirado da lota e vai para o abate, ou seja o peixe é atirado ao mar e pago aos pescadores por um preço irrisório, o que é profundamente injusto e contribui para dilapidar os recursos do Mar, sem qualquer proveito para os pescadores e para a comunidade, prejudicando o ambiente. Estas situações são claramente lesivas para os pescadores e para este sector e os pescadores acabam por ver os seus rendimentos cada vez mais reduzidos. É urgente corrigir estas injustiças, tomando medidas de alteração da Lei e das praticas que minimizem os problemas e contribuam para equilibrar as partes envolvidas, especialmente os pescadores.
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