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O render da PSP pela GNR

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A passagem de testemunho entre o chefe Caroça e o sargento Janela São Martinho do Porto conta agora com segurança a cargo da GNR Depois da saída da PSP da vila a segurança das populações está a cargo dos militares da GNR Carlos Barroso / António Paulo Desde a meia-noite do passado dia 16 de […]
O render da PSP pela GNR

A passagem de testemunho entre o chefe Caroça e o sargento Janela

São Martinho do Porto conta agora com segurança a cargo da GNR Depois da saída da PSP da vila a segurança das populações está a cargo dos militares da GNR Carlos Barroso / António Paulo Desde a meia-noite do passado dia 16 de Abril que a GNR está responsável pela segurança em São Martinho do Porto, no âmbito da reorganização do dispositivo territorial das forças de segurança. A cerimónia de passagem de testemunho decorreu de forma rápida e singela, e contou com as presenças do governador civil de Leiria, José Miguel Medeiros, do tenente-coronel Alberto Pinheiro e do capitão Adérito Santos em representação da Brigada Territorial da GNR e do Destacamento, e o sub-intendente Vieira Freire, em representação do comando distrital de Leiria da PSP.

Esta passagem de testemunho entre as duas forças policiais, fica marcada pelo ganho para a segurança dos cerca de 6 mil residentes fixos das freguesias de São Martinho do Porto e de Alfeizerão, já que estas serão as áreas de actuação deste posto da GNR em São Martinho, em contraponto àquela que era a zona de actuação da PSP, que apenas patrulhava a área urbana da vila balnear. Com quatro postos territoriais no concelho de Alcobaça – Benedita, Pataias, São Martinho do Porto e na própria cidade -, a GNR passa a assegurar a ordem pública a cerca de 91 por cento dos residentes fixos, e a ter jurisdição sobre cerca de 97 por cento do território concelhio. O governador civil José Miguel Medeiros, congratulou-se com esta passagem de testemunho, realçando que “a tranquilidade neste processo”, lembrando que no dia 1 de Abril algumas áreas já tinham passado da GNR para a PSP e que outras estão a passar da PSP para a GNR, “num processo simples e tranquilo”. O representante do Governo no distrito, recordou ainda que algumas pessoas “ouviram falar do reajuste das forças de segurança e gerou-se alguma expectativa, o que representa que estavam bem servidas”, acrescentando ter recebido “várias comitivas deste território que manifestaram alguma preocupação”. Ao militares que agora ficam responsáveis pela segurança da zona, José Miguel Medeiros desejou sorte, “já que este território passa de um período tranquilo, para uma intranquilidade durante o Verão”. Espírito de missão e de colaboração Por seu lado, e de acordo com o tenente-coronel Alberto Pinheiro “tudo será feito para continuar a prestigiar as forças de segurança desta vila, e agradecemos aquilo que foi desenvolvido pelos agentes da PSP”, sublinhando que a GNR “chega com espírito de missão, com espírito de colaboração com esta comunidade para o seu bem-estar e segurança”. Para o comandante do Destacamento das Caldas da Rainha, o capitão Adérito Santos, os militares que estão agora a garantir a segurança em São Martinho do Porto, “foram escolhidos através de um concurso nacional, aberto pelo comando geral” e por isso, assegurou, que “não há desfalque nos destacamentos ou em postos, porque mesmo com a reorganização há um reajustamento no dispositivo da GNR”. Em São Martinho do Porto estão fixados vinte elementos, entre soldados e cabos, e ainda um oficial sargento-chefe, Teodoro Janela, que comandará o posto, e que irão patrulhar a freguesia de São Martinho do Porto e de Alfeizerão. Além desta força, as duas freguesias ficaram “mais seguras” devido às forças de todo o destacamento, como é o caso das brigadas da FIAPO, BIR, SPENA, Escola Segura e NIC. No Verão, o Destacamento de Caldas da Rainha “é reforçado” por elementos do regimento de infantaria e de ordem pública, que até aqui apenas faziam patrulhamento na Foz do Arelho e no Baleal, mas que daqui em diante “vão passar a patrulhar também esta nova zona”. Sobre a transferência de competências Adérito Santos, sublinha que “não teve qualquer tipo de problema”, até porque os elementos destacados para o posto de São Martinho “estiveram dias antes a patrulhar a zona em conjunto com os elementos da PSP, para reconhecerem o perímetro”. PSP parte com “alguma nostalgia” Para quem parte, depois de cinco anos, dois meses e dez dias a comandar a esquadra da PSP de São Martinho, é com “alguma nostalgia” que deixa o posto, mas que acaba por concordar com a reorganização. O chefe António Caroça que agora irá prestar serviço em Alcobaça, deixando assim São Martinho do Porto, mostrou-se “habituado a mudanças”, garantindo que o efectivo de 18 elementos que vão agora ser colocados nas esquadras da Alcobaça, Nazaré e Caldas da Rainha, fizeram um “bom trabalho”. A área urbana de São Martinho que estava a cargo deste graduado da PSP tinha como zona “mais preocupante” as áreas onde estão instalados os bares, e a parte alta da vila, onde reside a população mais idosa. Em termos de criminalidade, António Caroça revela que “foi controlada passados alguns meses” após a sua chegada, com a montagem de um dispositivo no terreno, que teve um efeito de prevenção e dissuação de prática criminosas ou ilegais junto dos potenciais ou habituais infractores. A esquadra da PSP de São Martinho, possuía entre o seu equipamento dois veículos e quatro ciclomotores que vão agora ser redistribuídos por outras esquadras da PSP do distrito de Leiria. Na tarde do passado dia 16 a GNR tomou oficialmente “conta” da antiga esquadra da PSP de São Martinho do Porto, em cerimónia presidida pelo comandante geral, general Mourato Nunes e que contou com a participação do presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, que apelou à população para que “receba bem a GNR”, fazendo questão de prestar “homenagem pública” aos agentes da PSP que “dignificaram a sua função, conjugando autoridade com uma excelente relação com a população”. De olhos postos na criação de um destacamento da GNR em Alcobaça, o edil reafirmou a disponibilização de terrenos para a construção de instalações, lembrando a criação dessa estrutura em 2000 através da publicação em Diário da República. Apesar da abertura manifestada pelos responsáveis da GNR quanto à criação do destacamento de Alcobaça, Mourato Nunes, sublinhou nada “poder prometer” e remetendo “uma decisão para o poder político”, ainda que reconhecendo a sua criação “em termos legais”.

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