Cadáver de homem encontrado na fossa de uma pecuária na Benedita O cadáver de um homem de 59 anos, em adiantado estado de decomposição, foi retirado no passado dia 12 de uma lagoa de uma pecuária, localizada na Moita do Gavião, na freguesia da Benedita, no concelho de Alcobaça. José Marques, um ex-camionista, natural de Alvorinha, Caldas da Rainha, residia sozinho há alguns anos na Benedita, localidade, onde de acordo com alguns residentes, havia deixado de ser visto há algum tempo. O cadáver foi encontrado por um funcionário da exploração pecuária que de dois em dois meses se desloca às lagoas para verificar se o sistema de tratamento dos efluentes está operacional. O corpo encontrava-se à beira de uma das lagoas, protegidas com uma rede de cerca de 1,50 metros de altura. Encontrava-se de bruços, com a cabeça mergulhada nos efluentes e praticamente não tinha cabelo. Vestia um casaco e umas calças de ganga, num bolso das quais se encontrava uma carteira com documentos pessoais.
A investigação do caso foi entregue ao Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Leiria, desconhecendo-se se o homem terá sido levado para o local ou se para ali se terá deslocado de livre vontade. Familiares e amigos da vítima apontam como causa da morte de José Marques o móbil do roubo, salientando que a vítima andava sempre com dinheiro e que na altura em que foi encontrado “apenas tinha alguns trocos na carteira”. O corpo foi removido pelos Bombeiros Voluntários da Benedita que se deslocaram ao local com 9 homens, numa operação, classificada pelo comandante Fernando Fialho, como “delicada e difícil”, tendo sido posteriormente deslocado para o gabinete do Instituto de Medicina Legal do Hospital de Santo André, em Leiria, para ser autopsiado, afim de determinar as circunstâncias em que ocorreu a morte de José Marques. O comandante Fernando Fialho, que conhecia a vítima, mostrou-se perturbado com a situação, revelando que José Couto Marques – também conhecido na Benedita por “Zé Gato” – era “um bom companheiro, sempre pronto para fazer passeios”. “No ano passado estivemos três semanas sem vê-lo e pensámos o pior, mas afinal tinha ido para Itália com uns amigos”, lembrou.
0 Comentários