João Gil e Luís Represas sobem ao palco do Cine-Teatro de Alcobaça no dia 2 de Março
Luís Represas e João Gil no Cine-Teatro de Alcobaça
Mais de 13 anos depois do fim dos Trovante, os músicos voltam a juntar-se para um concerto intimista no palco alcobacense.Joana FialhoNa próxima sexta-feira, dia 2 de Março, pelas 22 horas quem estiver no Grande Auditório do Cine-Teatro de Alcobaça irá certamente assistir a um concerto único. Desde que os Trovante anunciaram o seu fim, em 1990, Luís Represas e João Gil têm-se encontrado fugazmente para interpretar alguns dos temas mais conhecidos da música portuguesa. Agora chegou a vez de Alcobaça assistir a um espectáculo mais pensado e mais longo, onde os dois amigos prometem fazer-nos “viajar no tempo”.
No sítio oficial da produtora responsável pelo espectáculo, João Gil garante que este será um “inesquecível concerto”, composto pela “magia de artistas que o tempo fez nossos amigos, e de canções, que a força de anos a trautear, fez nossas”. Já para Luís Represas, este concerto surge porque “há mais de 13 anos, desde o fim do Trovante, que nos andamos a encontrar, aqui e ali, poucos minutos, de inesperado em inesperado, em palcos e espectáculos mais ou menos óbvios. Agora tivemos vontade de nos sentarmos por mais algum tempo, lado a lado, com o mesmo pé no ar e o outro na corda.” Quanto à sua relação com João Gil, Luís Represas garante que este há-de ser um eterno companheiro, “unha com carne? Talvez…” O concerto, inserido no ciclo Concertos Íntimos de Cister (que já trouxe ao mesmo palco André Sardet), vai recriar um ambiente intimista, para o qual contribuem, segundo João Gil, “um palco, dois focos, duas cadeiras, duas guitarras, duas vozes, um passado, um encontro”. Lembrar o passado A união de Luís Represas e João Gil vem de 1976 quando, com João Nuno Represas, Manuel Faria e Artur Costa, formaram os Trovante. De inspiração tradicional, o grupo consegue atingir, numa altura em que o Rock português era a onda a seguir, um enorme sucesso comercial. Com 14 anos muito bem sucedidos o grupo realiza em 1990 a sua última digressão pelo país, ao mesmo tempo que anunciam o seu fim. Viriam, no entanto, a juntar-se em 1999 no Pavilhão Atlântico, e a pedido do Presidente da República, para assinalarem os 25 anos do 25 de Abril de 1974. Para trás ficaram dezenas de temas bem conhecidos dos portugueses. Quem não se lembra de “125 Azul”, “Perdidamente” ou “Balada das Sete Saias”? Depois da dissolução dos Trovante, os músicos seguiram caminhos distintos. Enquanto Luís Represas optou por uma carreira a solo, João Gil entrou para os Ala dos Namorados, integrando ainda projectos como Cabeças no Ar e Rio Grande. Os bilhetes para assistir ao espectáculo podem ser adquiridos na bilheteira do Cine-Teatro ou em www.plateia.pt e custam 14 euros (balcão), 18 euros (plateia) e 60 euros (camarote para três pessoas).
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