Teresa Caeiro esteve na Nazaré e mostrou-se “preocupada” com o sector das pescasDeputada do CDS/PP eleita por Leiria esteve na vila nazarena em jornada de trabalho A deputada democrata-cristã voltou às estradas do distrito pela qual foi eleita preocupada com o sector das pescas e com os homens do marAntónio Paulo Teresa Caeiro, deputada democrata-cristã à Assembleia da República levou a cabo um dia de “parlamentarismo aberto” na vila nazarena, mantendo na passada segunda-feira encontros de trabalho com o presidente da Associação de Pescadores e Armadores da Nazaré, Bruno Vidal, com o presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Jorge Barroso (PSD) e com o comandante da Capitania do Porto da Nazaré, Pais Neto, e efectuando uma visita à Docapesca e lota locais. “Nós os deputados não podemos estar apenas sentados no Parlamento, representamos todo o País, mas muito particularmente, o distrito pelo qual fomos eleitos, pelo que temos a obrigação de vir ao terreno falar com as pessoas e saber dos problemas que as preocupam”, justificava assim a deputada a deslocação à Nazaré.

No final da visita, de olhos postos na actividade piscatória Teresa Caeiro – a única deputada eleita pelo CDS/PP pelo Círculo Eleitoral de Leiria – afirmou-se “preocupada” com a situação que se vive no sector, sublinhando ser necessário “dignificar a profissão de pescador, não só enquanto é exercida, mas sobretudo, para que ao fim de uma vida muito árdua de trabalho não tenham de se reformar pescadores com pensões de miséria, de 50 ou 60 contos em moeda antiga, obrigando-os a continuar a trabalhar, muitas vezes no mar e de fora da lei, para complementarem os seus rendimentos”. “Este Governo não deu continuidade à convergência gradual das pensões mínimas com o salário mínimo nacional”, acusou Teresa Caeiro, explicando que “essa era uma política que se justificava, para as situações de pensões de miséria”. Reconhecendo que na Nazaré o sector pesqueiro enfrenta outros “gravíssimos problemas”, Teresa Caeiro destacou, entre outros, a “forma como a actividade é exercida, muitas vezes em condições de segurança que não serão as mais adequadas” e a “necessidade da dignificação da profissão, através de uma melhor e permanente formação, sendo igualmente necessário encontrar formas de incentivar os jovens a abraçarem a profissão, sob pena de ela se extinguir”. O reforço dos meios de apoio e socorro aos pescadores com uma utilização mais eficaz, foi outra questão que Teresa Caeiro adiantou ter sido abordada nos vários encontros que manteve, nos quais, para além do “dossier pescas”, foram também efectuadas abordagens à actividade turística, aos serviços de saúde e de segurança, tendo em conta as “enormes oscilações populacionais que se registam ao longo do ano na vila e no concelho”.