Oeste e Fátima ligados no Turismo

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António Carneiro, Presidente da RTO António Carneiro, presidente da Região de Turismo do Oeste O presidente gostaria de associar a Região de Turismo do Oeste ao Ribatejo mas está disponível para acolher os municípios da actual Região de Turismo de Leiria/ Fátima Carlos Barroso Face às intenções do Governo de avançar para a extinção das […]
Oeste e Fátima ligados no Turismo

António Carneiro, Presidente da RTO

António Carneiro, presidente da Região de Turismo do Oeste

O presidente gostaria de associar a Região de Turismo do Oeste ao Ribatejo mas está disponível para acolher os municípios da actual Região de Turismo de Leiria/ Fátima

Carlos Barroso

Face às intenções do Governo de avançar para a extinção das actuais Regiões de Turismo, (RT’s), dando lugar a outras com maior área de abrangência, a Região de Turismo do Oeste (RTO), deverá juntar-se ao Vale do Tejo, ou ao Ribatejo ou ainda ficar com parte dos actuais municípios que compõem a Região de Turismo Leira Fátima, (RTLF). Esta possibilidade, comentada pelo presidente da RTO, António Carneiro, seria benéfica se unisse a RTO ao Ribatejo. “Para nós a solução ideal seria a de nos associarmos ao Ribatejo, porque estamos unidos e somos ofertas complementares, mas também poderemos ser uma região mais vasta como é Oeste e Vale do Tejo, que é a área do Plano Regional de Ordenamento do Território, que abrange 42 municípios”, argumentou. No entanto para António Carneiro “a marca Oeste” tem de “estar contida na designação da região a criar porque somos um pólo prioritário de desenvolvimento e atracção turística”. O dirigente da RTO, que vê com bons olhos esta renovação, confessou ter escrito aos presidentes de Câmara “para estarem atentos a estas mudanças, porque não podemos andar distraídos porque outras não estão e porque esta matéria pode vir a ser uma malha de cama para a administração administrativa”.

RTL/F será bem vinda ao Oeste e Ribatejo

Com esta reestruturação, a vinda de Leiria para o Oeste poderá ser uma realidade e sem o nome da capital de distrito, ficando por exemplo uma “Região de Turismo Oeste Ribatejo e Fátima”, ou ainda “Região de Turismo Oeste, Vale do Tejo e Fátima”. São hipóteses que agradam a António Carneiro, já que a actual RTLF está em risco de desaparecer. “Estamos a estudar uma solução com a RTLF, porque todos os municípios de Leiria para sul têm muito mais a ver com esta região, apesar de estarem no centro, do que com Coimbra” adianta António Carneiro, reconhecendo que “este processo cria um drama em que muitas cidades que não querem ficar com Coimbra, nomeadamente, Aveiro, Viseu e Leiria preferem ser Oeste e Vale do Tejo, do que estarem com Coimbra”. Por outro lado o presidente da RTO, tem clara noção que se “vai disputar o poder entre Coimbra, Viseu e Aveiro, porque são poderosas e não se entendem, faltando ainda a zona da Serra da Estrela”.

Com esta mudança, o Oeste será um dos grandes beneficiários, “já que o seu nome manter-se-á”, garante António Carneiro, que defende ainda que “é importante fazer o lobby pelo Oeste, porque teremos peso político importante nesse novo órgão”. Por outro lado “seria mais prática” a união ao Ribatejo, mas o presidente da RTO não acredita nessa possibilidade por estar a ser feito um Plano Regional Ordenamento do Território (PROT) para todo o Vale do Tejo e Oeste. “É muito provável que venham separar a Área Metropolitana de Lisboa do resto, na regionalização administrativa. A actual NUTII de Lisboa e Vale do Tejo é a Área Metropolitana, mais o Oeste a Vale do Tejo”, lembra, acrescentando que no âmbito do próximo Quadro de Referência de Estratégia Nacional (QREN) “para efeitos de financiamentos comunitários seremos Região Centro, mas para efeitos de planeamento seremos Lisboa e Vale do Tejo”.

Mapa em 2007 e funcionamento em 2008

António Carneiro adiantou ainda ao REGIÃO que foi apresentada uma contra proposta ao secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, com o objectivo de “no ano de 2007 fosse preparado o novo mapa, para entrar em funcionamento em 2008”. Consciente das implicações deste futuro sistema, António Carneiro afirma que sairá em defesa da região, mas, “se tiver o apoio dos municípios, porque é uma realidade totalmente nova”, alertando que não se pode “perder autonomia, mas antes sim ganharmos uma capacidade de gerir o espaço na promoção”.

Actualmente está também em cima da mesa a elaboração do PROT para o Oeste, englobado no PROT de Vale do Tejo, pelo que até ao final do ano vai ser criada na região alguma harmonia no que concerne à criação de resorts. Uma das vertentes que António Carneiro quer ver integrado no PROT, em conjunto com a revisão dos PDM’s, é a vocação de uma região de serviços, agricultura e turismo. “Nós com duas dezenas de resorts resultado de investimentos de alta qualidade é que o Oeste pode marcar a diferença, colocando-se como a segunda mais importante do país neste segmento, a seguir ao Algarve, significando isso, que o Oeste com 40 mil camas para 300 mil habitantes, mas com uma taxa de ocupação na ordem dos 60 por cento ano, significaria que teríamos 25 mil dormidas diárias” sublinha António Carneiro acrescentando que “isso será o brilho sociológico e um crescimento na riqueza na ordem dos 250 euros/dias argumenta”.

Contudo com a elaboração do PROT poderá estar ainda em cima da mesa a suspensão da revisão administrativa, mas também poderá estar em causa as duas revisões, a administrativa e a turística. Perante tal cenário António Carneiro não considera que “a regionalização turística não seja compatível com uma futura regionalização administrativa”. “Claramente o Governo quer dividir o país em duas Áreas Metropolitanas – Lisboa e Porto – e cinco regiões e o que se perspectiva é um número de nove ou dez regiões de turismo”, conclui.

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