A equipa do projecto “Aprender a Crescer”
Projecto “Aprender a Crescer” acabou em Dezembro
Confraria de Nossa Senhora da Nazaré e CERCINA asseguram acompanhamento às crianças que não tiveram alta antes do fim do projecto “Aprender a Crescer”
Joana Fialho
Das 105 crianças que ao longo de três anos beneficiaram directamente das acções do projecto “Aprender a Crescer”, que terminou em Dezembro, cerca de 40 continuam a necessitar de acompanhamento psicológico e de terapia da fala. A resposta a estas necessidades é agora assegurada pela Confraria de Nossa Senhora da Nazaré (CNSN) e a Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas (CERCINA), através do Centro Comunitário.
Para Reinaldo Silva, vereador de Acção Social da Câmara Municipal da Nazaré (CMN), “esta solução vem dar resposta à necessidade que havia de continuar algumas acções”. Esta é uma explicação reforçada pela coordenadora do projecto, Conceição Carvalho, que garante que “há acções que não podiam ser encerradas. O projecto acabou, mas as respostas não, porque as necessidades mantêm-se para além do projecto”, assegurando ainda que a manutenção do acompanhamento a estas crianças “é essencial para uma prevenção eficaz das situações de risco”. Conceição Carvalho deixa ainda a ressalva, o número de crianças com necessidades desta ordem pode sofrer alterações ainda durante o mês de Janeiro, altura de novo levantamento da realidade social do concelho. O Projecto “Aprender a Crescer” Desenvolvido nos últimos três anos, o projecto “Aprender a Crescer” actuou junto das 345 crianças com idades compreendidas entre os três e os seis anos que frequentam as pré-escolas do concelho, bem como as respectivas famílias. O projecto, fruto da candidatura da CMN ao Programa ” Ser Criança”, sob tutela do Ministério da Segurança Social, resulta da necessidade de dar respostas inovadoras e eficazes na intervenção comunitária, dado o aumento do número e da complexidade dos casos de risco identificados pela autarquia, em articulação com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJ) da Nazaré. Uma equipa composta por seis profissionais, das áreas da psicologia, sociologia e terapia da fala, trabalhou com educadores e pais, de forma a aumentar as competências parentais e apoiar as famílias na educação e nos cuidados prestados às crianças, permitindo um desenvolvimento saudável da criança e, assim, a criação de jovens e adultos responsáveis e totalmente integrados na sociedade. Ao longo destes três anos, 105 crianças e 249 famílias beneficiaram directamente de acções como acompanhamento psicológico, terapia da fala e assistência familiar, que envolveram 85 agentes, um trabalho que de acordo com Reinaldo Silva “veio preencher uma lacuna no concelho a nível da área social.” 27 crianças foram ainda sinalizadas como situações de risco, sendo encaminhadas para a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJ) da Nazaré.
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