Amnistia Internacional visitou a Escola Básica 2/3 + Secundário de São Martinho do PortoAmnistia Internacional visita Escola de S. Martinho do PortoNo âmbito da comemoração do Dia Internacional da Declaração dos Direitos do Homem, os alunos do 11.º Ano da Escola Básica 2,3 / Secundária de S. Martinho do Porto levaram a cabo uma acção de sensibilização, para despertar as consciências dos mais novos para o problema da violação dos Direitos Humanos. Esta acção esteve tripartida por espaços diferentes: a Biblioteca Escolar, onde os alunos podiam assistir a uma pequena apresentação de sinopses de títulos vários e cujo elo de ligação era a negação e violação dos Direitos Humanos.

No Polivalente, outro grupo de alunos convidava os colegas a participar na “Maratona de Cartas”, actividade promovida pela Amnistia Internacional, que pretende alertar o mundo sobre a protecção de civis em Darfur, no Sudão, onde milícias armadas e forças militares têm violado e assassinado milhares de pessoas. A terceira parte da acção desenvolveu-se numa das salas de informática da Escola: as imagens projectadas pelo data show mostravam a recolha fotográfica feita pelos alunos desde Maio deste ano, que punha a nu momentos de tortura, descriminação social, racial, sexual, exploração de trabalho infantil, entre outros. A partir das imagens, os alunos mais velhos iam ensinando aos mais novos os artigos que estavam a ser postos em causa naquelas imagens. A Amnistia Internacional (núcleo de Caldas da Rainha) visitou os alunos do 11.º Ano, durante a tarde, proporcionando-lhes um maior conhecimento do Movimento AI, do seu papel, da sua luta. A interacção entre os alunos e os membros da AI levou a um debate sobre a violação dos Direitos Humanos e a Solidariedade.Como surgiu a Amnistia Internacional?Há mais de 4 décadas, dois estudantes portugueses levantaram os seus copos num brinde à liberdade. Por este simples acto, foram condenados a sete anos de prisão. A história horrorizou o advogado britânico Peter Benenson, que decidiu agir.Peter Benenson escreveu para o jornal britânico The Observer, apelando a uma campanha internacional para proteger os “prisioneiros esquecidos”. A sua ideia era a de levar as pessoas a “bombardear” as autoridades mundiais com cartas de protesto. Em 28 de Maio de 1961, o jornal publicou um extenso artigo intitulado “Os Prisioneiros Esquecidos”, que lançou a campanha de um ano de Peter Benenson, intitulada Apelo Para a Amnistia, 1961.O artigo apelava a todas as pessoas para protestar – imparcial e pacificamente – contra a detenção dos homens e mulheres em todo o mundo, devido às suas crenças políticas ou religiosas. O artigo chamava a estes detidos “prisioneiros de consciência” – criando um conceito que viria a ser adoptado por todo o mundo. Em 1977, o trabalho levado a cabo pelo Movimento foi reconhecido internacionalmente ao ser-lhe atribuído o Prémio Nobel da Paz. Em 1978 recebeu o Prémio das Nações Unidas para os Direitos Humanos.