CERCINA comemora bodas de prataNo ano em que comemora 25 anos a cooperativa de ensino nazarena apresenta novas valências e novas respostas sociaisJoana Fialho25 anos depois da sua constituição da Cooperativa de Ensino e Reabilitação de Crianças Inadaptadas da Nazaré (CERCINA) é a falta de estruturas que mais preocupa o presidente da Instituição. Questionado pelo REGIÃO quanto às dificuldades que a cooperativa de ensino nazarena enfrenta actualmente, Joaquim Pequicho afirmou que “a falta de um Centro de Actividades Ocupacionais e Unidade Residencial limita todo o trabalho desenvolvido pela instituição, com prejuízo directo para aqueles que vivem diariamente a CERCINA”.
Vocacionada sobretudo para o acompanhamento de crianças, jovens e adultos com deficiência do concelho da Nazaré, as áreas de intervenção desta Instituição estendem-se das valências sócio-educativas, como a ocupação de tempos livres e o desenvolvimento de práticas pedagógicas especiais, à formação profissional. Este ano, e como forma de comemorar os 25 anos da instituição, foram ainda criados o Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (CRVCC) e o Centro Local de Apoio ao Imigrante. Numa instituição que depende do financiamento do Ministério da Educação, da Segurança Social e do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), são, de acordo com o presidente, “as famílias e os profissionais que têm, muitas das vezes, em circunstâncias difíceis, de trabalhar na salvaguarda da qualidade de vida dos alunos e utentes”. E porque os apoios institucionais nem sempre são suficientes para fazer face aos encargos diários da CERCINA, Joaquim Pequicho explica que “há necessidade de efectuar candidaturas a outras áreas de apoio para poder suprir as dificuldades financeiras”, um desafio para o qual poderia contribuir “uma participação mais activa da população nazarena”.Integração social como missãoA 05 de Fevereiro de 1981 nascia a CERCINA, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) criada para dar respostas sociais, educativas e ocupacionais a pessoas com necessidades de apoios especiais, de forma a promover a sua inclusão social. Citada em Diário da República, a constituição da CERCINA propunha a “criação e manutenção de estruturas e linhas de acção e dinamização que sirvam à protecção e desenvolvimento da criança em geral e das crianças deficientes em particular”.A CERCINA tem também desenvolvido, ao longo dos anos, inúmeros projectos na área da formação e do acompanhamento de crianças e jovens em situações sociais de risco e no apoio a pessoas desempregadas e adultos que pelas suas necessidades específicas têm dificuldades em encontrar ou manter um emprego. No entanto, o principal desafio da CERCINA é o Centro Sócio-Educativo, frequentado por sete alunos com deficiência entre os 6 e os 18 anos, acompanhados por uma professora do 1º ciclo, uma educadora de infância e uma auxiliar educativa e que contam ainda com o apoio de técnicas das áreas da psicologia, da reabilitação e da terapia da fala. Para além da escolarização, os alunos usufruem semanalmente de diversas actividades lúdicas e desportivas, como natação terapêutica, informática e vela adaptada, entre outras. Como principal objectivo, a integração e inclusão social de forma plena de todos os alunos e utentes, um processo que Joaquim Pequicho, considera “não ser uma missão exclusiva da CERCINA, mas sim de todas as instituições e principalmente de toda a comunidade do concelho da Nazaré”.
0 Comentários