Caneco reconhecido como legítimo presidente do PS da NazaréPS nacional não deu razão a recurso de Isabel VigiaEstá terminada a batalha jurisdicional entre Vigia e Caneco com este último a ser reconhecido como o “legítimo” presidente do PS da NazaréAntónio Paulo A Comissão Nacional de Jurisdição (CNJ) do PS não deu razão a Isabel Vigia, líder da Comissão Política Concelhia (CPC) do PS da Nazaré nos dois últimos mandatos, e actual deputada à Assembleia da República, eleita pelo círculo eleitoral de Leiria, que em recurso apresentado àquele órgão pedia a anulação das eleições de 17 de Março, para a CPC, que perdeu por apenas 4 votos para Ricardo Caneco.

A CNJ decidiu-se no passado dia 12, pelo arquivamento do recurso de Vigia por “manifesta falta de fundamento”, ao considerar que por informação da Comissão Nacional de Dados “as quotas dos 17 militantes da secção de Famalicão/Nazaré se encontravam pagas à data das eleições” considerando que os votos foram válidos e mantendo válida a deliberação da Comissão Federativa de Jurisdição de Leiria, que em primeira instância já havia decidido negar provimento ao recurso apresentado por Isabel Vigia. Em declarações ao REGIÃO, Ricardo Caneco mostrava-se “satisfeito” com a decisão, considerando que sempre sustentou “a legalidade do acto e a plena capacidade eleitoral dos militantes de Famalicão”. Apelando à unidade da “família socialista” Ricardo Caneco garante que “a sua equipa já trabalha em sintonia com os restantes órgãos autárquicos” acrescentando que “em breve irão surgir tomadas de posição públicas relativas a questões de interesse estratégico para o concelho da Nazaré”. Por seu lado, Isabel Vigia, “vencida mas não convencida” considerou que a “decisão está tomada”, adiantado que não apresentará qualquer recurso da decisão da CJN. “Aguardo agora que em termos locais seja convocada uma próxima reunião da CPC “para tomada de posse dos seus elementos, quer os afectos ao camarada Ricardo Caneco, quer aqueles que foram eleitos na minha lista, para depois tentarmos estabelecer pontes de diálogo e trabalho, para bem do partido, e sobretudo da Nazaré”. Esta decisão da CJN veio colocar um ponto final em cerca de nove meses de batalha jurisdicional entre os apoiantes de Ricardo Caneco e Isabel Vigia, que praticamente paralisou o a acção do partido a nível local, criando incertezas, sobre “quem mandava em quem e em quê” e não permitindo a criação de condições de serenidade para que, em termos políticos, o PS da Nazaré conseguisse levar por diante uma oposição forte e eficaz à maioria relativa do PSD, que com Jorge Barroso conquistou mais uma vitória nas últimas “Autárquicas”. Os socialistas foram a terceira força mais votada para o executivo camarário, elegendo dois vereadores – João Benavente e Vítor Esgaio -, enquanto que em segundo lugar o Grupo de Cidadãos Independentes conseguiam mais votos, não indo contudo, igualmente além de dois vereadores – António Trindade e António Salvador -, isto enquanto o PSD fazia eleger, para além de Jorge Barroso, Reinado Silva e Mafalda Tavares.