Mega-ETAR de São Martinho do Porto vai contribuir para a despoluição da baía
Construção de estação de tratamento em São Martinho do Porto Construção da primeira estação de tratamento dos efluentes suinícolas ocorrerá em São Martinho do PortoCarlos Barroso Na reunião da comissão de acompanhamento da TrevOeste – empresa criada para tratamento de efluentes das suiniculturas do Oeste – que decorreu na passada semana no Governo Civil de Leiria, foi assumido que a construção da primeira estação de tratamento ocorrerá em São Martinho do Porto.
A construção da primeira das três estações de tratamento dos efluentes produzidos pelas suiniculturas da região do Oeste deverá arrancar no primeiro semestre de 2007, uma calendarização que para se concretizar implica a adjudicação a um dos dois consórcios concorrentes, no máximo dentro de um mês, prevendo-se a assinatura do contrato em Novembro. Caso sejam cumpridos estes prazos apertados, será possível que os 10 por cento de apoio financeiro de um total de 30 milhões de euros, previsto pelo Ministério da Agricultura sejam ainda concedidos no âmbito do actual Quadro Comunitário de Apoio.O processo de lançamento do concurso esteve inicialmente nas mãos da Recilis, empresa com as mesmas atribuições, mas na região de Leiria, passou agora a ser controlado pela TrevOeste, a qual está actualmente a proceder à análise de propostas e a desenvolver o processo de negociação com os concorrentes.Ficou ainda decidido promover uma campanha de sensibilização, cujos moldes ainda estão por definir, junto dos suinicultores que, até agora, não aderiram ao sistema. De acordo com os números da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que integra a comissão de acompanhamento, apenas 30 por dos suinicultores da região do Oeste, apoiam o projecto, um número considerado insuficiente para o sucesso do sistema.Paralelamente à realização do debate e reflexão em torno do licenciamento das descargas no meio hídrico, até à entrada em funcionamento do sistema, os elementos de um grupo de trabalho mais restrito estão a analisar a regulamentação da adesão, sendo desde já um dado adquirido que aos suinicultores que ficarem de fora, restam-lhes duas opções: ou criam um sistema alternativo de despoluição certificado ambientalmente, ou terão de encerrar as pecuárias.
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