Maria Cavaco Silva esteve na inauguração da exposição de cerâmicaExposição do espólio Vieira Natividade lado a lado com loiça actual do concelhoMaria Cavaco Silva inaugurou espólio da casa da famíliaVieira Natividade Liliana JoãoO espólio cerâmico da casa da família Vieira Natividade, doada em 1991 ao Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), está exposto até ao final de Outubro na Galeria de Exposições Temporárias da Ala Sul do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. A inauguração da exposição, coordenada por Jorge Pereira de Sampaio, decorreu no passado dia 22, na presença da primeira dama, Maria Cavaco Silva.
Paralelamente à exposição do espólio cerâmico Vieira Natividade, está também presente uma exposição de cerâmica contemporânea do concelho de Alcobaça. Jorge Pereira de Sampaio explica que “esta é uma exposição que junta o passado e o presente, sendo assim duas exposições numa só”, já que “ao elaborar esta exposição houve a grande preocupação de juntar a produção actual com antiga do concelho”. Às 245 peças da olaria de Alcobaça, divididas em cindo núcleos, da cerâmica da família Vieira Natividade, juntam-se peças actuais de 24 fábricas do concelho. Esta amostra feita “exclusivamente para o Mosteiro de Alcobaça”, como referiu o coordenador da exposição, foi motivo de criticas positivas por parte de Carlos Rodrigues, chefe de gabinete da ministra da Cultura, que confidenciou que “gostei bastante da ligação entre o passado e o presente da cerâmica do concelho. a exposição da parte moderna é representativa da nova vida para a loiça de Alcobaça”. Continuidades e rupturasPara Rui Rasquilho, director do Mosteiro de Alcobaça, esta exposição “mostra o essencial do núcleo de Vieira Natividade”, já que o espaço limitado não permitiu a sua inserção. O director do Mosteiro realçou o contraste decorrente do acervo patrimonial par a par com o que se produz actualmente nas fábricas do concelho apelando aos visitantes que “percebam a influência do Juncal do século XVIII na Olaria de Alcobaça e da que esta teve na actual indústria, incluindo as continuidades e as rupturas”.Rui Rasquilho, em nota no catálogo da exposição, espera que esta mostra venha “contribuir para acelerar a necessidade de abranger a totalidade do espólio, com estudos adequados feitos por profissionais de cada área, terminando de vez a visão ingénua de poder, um simples especialistas, debruçar-se profissionalmente sobre o diferenciado e desequilibrado acervo móvel e imóvel da denominada Casa-Museu”. Elísio Summavielle, presidente do IPPAR, também em nota informativa, acredita que “apresentar periodicamente de forma temática o espólio Vieira Natividade, colmata e estimula o futuro da Casa-Museu”, sublinhando a necessidade “de passar por um tempo de maturação, já que será inevitável e necessário intervir no imóvel em consonância com o acervo a ser exposto”.
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