Samuel Jerónimo edita segunda-feira o seu segundo trabalhoMúsico de Valado dos Frades edita “Rima”, o seu segundo álbum “Rima” é o segundo álbum de Samuel Jerónimo, compositor de música electrónica Liliana JoãoO valadense Samuel Jerónimo edita na próxima segunda-feira, o seu segundo álbum “Rima”, um regresso aos registos de longa duração. “Rima” é um trabalho em que o compositor de música electrónica se centrou na justaposição dos resultados que advêm de três processos de mudança, nomeadamente nas continuidades, nas transparências e nos rompimentos estéticos, nas perdas por assimilação, tendo como objectivo estabelecer musicalmente uma linha temporal onde o passado, o presente e o futuro se unam num único ponto.

Samuel Jerónimo caracteriza este álbum como “muito denso, pessoal e muito europeu”. O músico explicou ainda que neste trabalho “encontra-se o futuro e o passado num só nível, através da justaposição de vários factores no tempo”. Samuel Jerónimo admite que para a elaboração deste trabalho teve como referencia “vários compositores europeus e a escola Alemã dos anos 70”.Segundo o compositor, “Rima” distingue-se do seu primeiro trabalho, “Redra Ändra Endre De Fase”, editado em 2004, já que se trata de um álbum “mais rico a nível de timbres” apesar de admitir existir “alguma continuidade” em relação ao trabalho anterior, “sendo bastante visível que ambos têm o mesmo autor”.Quem é Samuel Jerónimo?Samuel Jerónimo nasceu a 2 de Setembro de 1979, na vila da Nazaré, e desde cedo mostrou o seu interesse pela música, passando as suas primeiras actividades pelo coleccionismo de objectos que depois convertia em instrumentos de percussão. Mais tarde entregou-se ao estudo da guitarra clássica, tendo como mestre o guitarrista Sérgio Barreiro. Em 1999, Samuel Jerónimo forma o projecto “GCraft”. “GCraft” é um projecto totalmente direccionado para interpretações ao vivo de peças da autoria de Beethoven, Grieg, Mozart, Mussorgsky, Paganini e Vivaldi, utilizando uma guitarra eléctrica e aparelhos de pré-gravação live. É durante este período que o músico recebe o convite para integrar o grupo alcobacense Mystery of Grace, onde e para quem, ao longo de uma actividade de dois anos, escreve “Neye-i”, uma suite de 36 minutos para grupo de rock, e que marcou o início da actividade de Samuel Jerónimo enquanto compositor.A sua segunda peça, “The Distant Images of the Abstract Light” surge também em 1999, nascendo através de um convite do realizador cinematográfico Nuno da Silva. O cinematográfico pretendia que Samuel Jerónimo produzisse a banda sonora da uma curta-metragem inspirada em trabalhos do artista Douglas Gordon. Esta peça marcarou o início da utilização, por parte de Jerónimo, de “field recordings” e electrónica massiva. Em 2000 começou a escrever exercícios rítmicos utilizando uma linguagem que o próprio músico havia desenvolvido, na qual dimensões como a intensidade e o tempo eram representadas graficamente através de um único símbolo que adquiria diferentes características consoante o som representado. Estes exercícios rítmicos foram mais tarde complementados com harmonia, nascendo assim as duas suites para piano intituladas “Redra”. A suite nº. 1 foi editada na compilação “Thisobidience: These Guys Gone Out!”, em 2003, mas a peça completa para seis pianos, duas marimbas e dois vibrafones, foi editada em 2004, abrindo o álbum de estreia do compositor, “Redra Ändra Endre de Fase”, alvo de criticas muito positivas tanto a nível nacional como internacional. Em “Rima” Samuel Jerónimo pretende estabelecer musicalmente uma linha temporal onde o passado, o presente e o futuro se unam num único ponto. Segundo o músico, o lançamento de “Rima” está prevista o próximo Outubro, numa data ainda a definir.