Os vereadores Independnetes António Trindade (à esquerda) e António SalvadorEstado actual do património urbano e natural da Nazaré alvo de debateÀ espera do Gabinete Técnico Local executivo vai debater protecção ao património urbano, natural e paisagístico António Paulo A apresentação pelos vereadores do Grupo de Cidadãos Independentes (GCI) na Câmara Municipal da Nazaré, dedicadas à protecção do património urbano paisagístico das encostas da Pederneira e do Sítio, e do património urbano e arquitectónico das áreas urbanas tradicionais da Nazaré, marcou a fase inicial da reunião de executivo da passada segunda-feira. Dos documentos que não chegaram a ser votados, sendo a sua discussão e eventual aprovação remetidas para uma próxima reunião extraordinária, o primeiro aponta para a tomada de medidas técnicas e políticas “urgentes”, para que se “preservem as características tradicionais, históricas e culturais dos centros urbanos e encostas naturais”.
Considerando que “a imagem idílica que a Nazaré teve na Europa noutros tempos tem-se perdido, e nada foi feito para prevenir a situação, tendo-se permitido muitas intervenções, de legitimo interesse privado, mas que prejudicam o interesse público da generalidade da população”, o vereador Independente, António Salvador, defende na proposta a utilização “com muita urgência” de “dispositivos políticos, técnicos, e legais já existentes, e outros a criar para o efeito”. Na segunda proposta, António Salvador referente à protecção às áreas urbanas tradicionais da Nazaré, defende a regulamentação da aplicação cor branca, e uso de materiais da região, além da cobertura de telha lusa, e isenção e redução de taxas de licenciamento para intervenções que obedeçam as estas padrões. Do lado da bancada do PS, Vítor Esgaio, aceitou a “provocação” para debater estas matérias, e Jorge Barroso, presidente da autarquia, reconhecendo igualmente a pertinência da discussão, alertou para a entrada em funcionamento “depois do Verão” de um Gabinete Técnico Local, cujas competências deverão estender-se a estas áreas. Por seu lado, Reinaldo Silva, alertou para a “complexidade” das propostas, defendendo o seu debate sem a “imposição de prazos”, numa alusão à fixação de seis semanas para que a Divisão de Planeamento e Urbanismo da autarquia, tomasse posição sobre as propostas.No decurso da reunião, foi aprovada, por unanimidade, a concessão de um subsídio de 50 mil euros à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Nazaré (AHBVN), para a compra de duas ambulâncias e fazer face a uma parte dos prejuízos sofridos com as inundações do passado dia 14 de Junho, num montante total aproximado de 90 mil euros. A autarquia espera que a concessão deste apoio extraordinário, seja secundada pela administração central. Foi ainda sublinhado pelo presidente Jorge Barroso, que para o ano em curso está orçamentada a atribuição à AHBVN de 30 mil euros, havendo ainda por liquidar subsídios anteriores, no valor total de 26 mil euros.
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