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A Banda Filarmónica é a “actividade rainha e a razão da existência” da Sociedade da Filarmónica da VestiariaSociedade Filarmónica Vestiariense comemora este ano um centenário de existênciaA Sociedade Filarmónica Vestiariense comemora este ano o seu centenárioLiliana JoãoA Sociedade Filarmónica Vestiariense (SFV) foi fundada em Janeiro de 1906 por músicos da Vestiaria, concelho de Alcobaça, que […]

A Banda Filarmónica é a “actividade rainha e a razão da existência” da Sociedade da Filarmónica da VestiariaSociedade Filarmónica Vestiariense comemora este ano um centenário de existênciaA Sociedade Filarmónica Vestiariense comemora este ano o seu centenárioLiliana JoãoA Sociedade Filarmónica Vestiariense (SFV) foi fundada em Janeiro de 1906 por músicos da Vestiaria, concelho de Alcobaça, que faziam parte de Antiga Filarmónica Alcobacense conhecida por Música Velha, extinta em 1905. Segundo reza a história, a estes juntaram-se alguns músicos dissidentes da Real Fanfarra Alcobacense que se viria a extinguir em 1914, e ainda alguns músicos de outras bandas da região, como da Filarmónica da Cela, Filarmónica de Aljubarrota, Filarmónica da Maiorga e Filarmónica do Valado dos Frades.

Este ano a SFV comemora o primeiro centenário e tal como referiu Hélder Sacadura, presidente da direcção da SFV, “as comemorações começaram logo em Janeiro e irão prolongar-se até Dezembro”. As actividades aliadas a estas comemorações acontecem não só na Vestiaria como em todo o concelho de Alcobaça, “porque não teria a mesma força nem faria sentido se fosse de outro modo”, como explicou o presidente da SFV. A “Exposição de Fotografia alusiva aos 100 anos da SFV” foi mais uma iniciativa inserida nas comemorações. Explicou o dirigente que “ao longo dos anos fomos ampliando fotografias, recolhendo fotografias dos jornais, coleccionamos folhetos antigos, copiamos outros folhetos e fizemos uma colecção interessante. Fizemos ainda a recolha das biografias de músicos e directores que passaram pelas SFV que havia memória”. Assim nasceu a exposição somente de fotografias que “conta a história em imagem des directores e músicos, que passaram pela SFV nestes 100 anos”.Música, teatro, dança e ginásticaActualmente a Sociedade Filarmónica Vestiariense tem diversas actividades, entre elas, a Banda Filarmónica, a Escola de Música, a Orquestra Ligeira Juvenil, o Grupo de Teatro Prata da Casa, e Escola de Danças de Salão e a Ginástica de Manutenção. “A Banda Filarmónica é a nossa rainha das actividades e a actividade da música é a actividade predominante”, contou Hélder Sacadura. A Banda tem actualmente cerca de 40 elementos, com idades compreendidas entre os 12 e os cerca de 70, que “obedecem” à batuta do maestro Élio Murcho, maestro da Banda da SFV desde 1988. Em 1983 é criada a Escola de Música da SFV uma necessidade que se afirmou já que, tal como relembrou Hélder Sacadura, “não havia nenhuma escola de música na Vestiaria, havendo apenas vários homens a dar aulas e que formavam os nossos músicos”. Leccionando na Escola de Musica da SFV desde 1984, o professor José Marques Assunção, até aos dias de hoje, já formou 101 músicos nessa escola. Ainda no campo da música, a SFV a Orquestra Ligeira Juvenil, uma actividade que surge na mesma altura da Escola de Música. Contou Hélder Sacadura que “a Orquestra Ligeira teve como maestro até 2001 José Marques Assunção, um dos seus fundadores. Actualmente, a Orquestra Ligeira Juvenil é composta por cerca de 20 elementos e tem como maestro Marco Assunção, que vem das camadas jovens da Orquestra”. Para além das actividades ligadas à música, a SFV está ligada também ao teatro. “Existem registos nos anos 30 da existência de um grupo de dramático da Vestiaria. Esse grupo reapareceu nos anos 60 com ângulo das variedades com António Branco Júnior e já no final dos anos 90, surge o grupo teatro “Prata da Casa”, encenado por José Januário Costa”, contou o presidente da SFV. “No entanto, existe também um grupo de homens (cerca de 50), que quando há tempo e disponibilidade”, como explicou Hélder Sacadura, se juntam para cumprir a tradição da “Serração da Velha”, “um teatro em que só entram homens e que tentam divertir o público com uma sátira inocente das pessoas da Vestiaria”. Segundo Hélder “este é um instrumento que é muito importante para a nossa instituição porque temos uma receita muito considerável, com a casa cheia”. Em simultâneo com o teatro nascem as Danças de Salão, também nos finais dos anos 90. Recordar passado para garantir futuro Inserida nas comemorações do centenário do SFV, está a publicação de um livro, com lançamento programado para o próximo Setembro e que tem como objectivo recordar o passado para garantir o futuro. Caracterizado por Hélder Sacadura com um “esforço financeiro muito elevado”, o dirigente explicou que “não podemos estar a assumir uma responsabilidade de dizer a data exacta de publicação sem que tenhamos os pés bem assentes na terra. Estamos a aguardar que se tenham condições para se dar o passo”. O livro, que ainda não tem nome, irá conter, entre outros aspectos, o historial da SFV, uma retrospectiva de antigos locais de ensaio da Banda, a história do padre José. Este é um livro, com cerca de 200 páginas, será sustentado parcialmente pela Câmara Municipal de Alcobaça que ainda não preço definido. Todo o trabalho de pesquisa e elaboração do livro que já está elaborado em cerca de 80 por cento do livro, foi feito por pessoas da direcção da SFV que, tal como Hélder frisou “não pretendem ser historiadores. Apenas são pessoas que se dedicaram a um trabalho que gostam e que irá valorizar a Sociedade.

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