Vistas curtas, burros e iluminados

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Jorge Barroso (à esquerda) foi questionado por João Paulo Delgado sobre os honorários do “seus assessores”Deputados da Assembleia Municipal e presidente da Câmara envolvidos em dura troca de palavrasAssembleia Municipal ficou marcada por forte discussão entre o presidente da Câmara Municipal e deputadosLiliana JoãoA Sessão da Assembleia Municipal da Nazaré da passada sexta-feira, fica marcada […]

Jorge Barroso (à esquerda) foi questionado por João Paulo Delgado sobre os honorários do “seus assessores”Deputados da Assembleia Municipal e presidente da Câmara envolvidos em dura troca de palavrasAssembleia Municipal ficou marcada por forte discussão entre o presidente da Câmara Municipal e deputadosLiliana JoãoA Sessão da Assembleia Municipal da Nazaré da passada sexta-feira, fica marcada por uma acesa discussão entre o presidente da Câmara Municipal da Nazaré e os deputados, Mário Sousinha, da bancada do Grupo de Cidadãos Independentes (GCI), e João Paulo Delgado, da Coligação Democrática Unitária (CDU).

Na origem da dura troca de palavras entre estes autarcas, esteve a observação feita a Jorge Barroso por parte de João Paulo Delgado, quanto ao “vencimento dos três assessores do senhor presidente, recentemente admitidos, que irão gerar mais despesas, numa altura em a autarquia está em contenção”. O presidente da Câmara, negou a contratação dos três assessores, esclarecendo que “eu não tenho nenhum assessor”, sublinhando que “as pessoas que entendem como meus assessores não o são, são apenas pessoas que são especialistas em certos assuntos , que eu já não já não consigo dominar”. “Tenho pessoas a trabalhar no sector das pecas, como é o caso do senhor Estrelinha, que não é meu assessor, como foi contratado o professor Luís Xerês, que trabalha no Departamento da Cultura, e que está a ganhar cerca de mil euros”. Em relação a Júlio Faustino, Jorge Barroso explicou que “tem funções de chefe de gabinete”, enquanto que, António Fialho, “é um bom nome para trabalhar com a Câmara da Nazaré”, mas que “ainda não há contrato nenhum”. Vistas curtas, burros e iluminadosRipostando, João Paulo Delgado recomendou a Barroso “reconheça que falhou, porque só após 12 anos como presidente da Câmara da Nazaré, precisa de ser assessorado”. Na resposta Jorge Barroso respondeu que “à medida que se vai trabalhando é que o trabalho vai aparecendo, e nos últimos tempos, gerou-se muito trabalho em todas a áreas, que agora precisam de colaboradores”, e acusou o deputado comunista de ter “vistas curtas”. Uma afirmação que caiu mal na esmagadora maioria dos deputados da oposição, com PS, CDU e GCI a darem conta do desagrado com que receberam estas últimas palavras de Barroso.“Com esta conversa, resume-se que os deputados são uns burros e o senhor presidente é um iluminado”, disse Mário Sousinha, do GCI, que por várias vezes questionou os honorários dos “supostos assessores”, o que motivou que Jorge Barroso retorquisse, dizendo que “os senhores deputados, muitas vezes, não têm é a informação completa para se pronunciarem sobre certos assuntos”. “Cheias sempre houve e sempre vai haver”À parte desta discussão, também o assunto das fortes chuvas que inundaram a Nazaré no passado dia 14 de Junho, foram tema de debate. Questionado por todas as bancadas sobre os estragos na vila, como foi o caso de Valter Chicharro, do PS, que questionou a eficácia do escoamento das águas nas ruas da Nazaré. “Cheias sempre houve e sempre vai haver”, referiu Barroso, justificando que “um saneamento suficiente para escoar tanta água como a que caiu no dia 14, seria incompatível, tanto a nível económico, como físico. Para além disso, o granizo que caiu também dificultou bastante o escoamento das águas”. Alegando que “os climas estão desorientados e as chuvas que caíram não foram normais”, o edil sustentou que “muitas vezes, um saco plástico é suficiente para entupir uma sargeta”, mas admitiu que “o lixo acumulado é um factor que também contribui para entupir as sargetas”. impediu que acontecessem tantas situações de inundações na vila o que o presidente da Câmara classifica como uma “situação anómala”.

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