O ministro Mário Lino (à direita) anunciou a Jorge Barroso (à esquerda) a “próxima” construção do IC9Ministro apresenta mão cheia de novidades rodoviárias para o Oeste Ministro garante início da construção do troço do IC9 entre Nazaré e Alcobaça e anuncia novas acessibilidades para o OesteCarlos Barroso “Num futuro próximo, encontrar-se-á em fase de construção o IC9, no troço de ligação Nazaré/Alcobaça/IC2 (antiga EN1 ou IC2), com 17 kms de extensão, representando um investimento de 22,5 milhões de euros num eixo rodoviário de extrema importância, pois irá permitir ligar a A8 ao IC2”. O anúncio foi efectuado no passado dia 26 de Junho, pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, aquando da inauguração do troço do IP6 entre Óbidos e Olho Marinho e completou a ligação daquela via rodoviária a Peniche.

As novidades dadas por Mário Lino, relativamente a novas infraestruturas rodoviárias a construir na região, não se ficaram pelo IC9, e o governante anunciou que “encontra-se em fase de concurso público o troço do IC2 entre Venda das Raparigas e S. Jorge, o qual possuirá uma extensão de 28 kms”, adiantando ainda que “o troço do mesmo IC2, entre Leiria Sul e Coimbra Sul, numa extensão de 70 kms, está igualmente em fase de adjudicação de propostas”. “Estes são investimentos que perspectivam a substituição da antiga EN1 ou IC2, bem conhecida pelos problemas de congestionamento e segurança, por uma nova via”, sublinhou o governante. Também o IC36 no troço Leiria Sul/Leiria Nascente, com 6 km de extensão, representando um investimento de 27 Milhões de euros, cuja concessão se prevê lançar em breve, “vai garantir a ligação entre a A8 e a A1, em Leiria” anunciou o governante. O IC2 no troço S. Jorge/Leiria-Sul, com uma extensão de 13 km, num investimento de 25 milhões de euros, é outra das obras que o Mário Lino prevê também lançar proximamente. Relativamente a futuros investimentos na Linha Ferroviária do Oeste, é que Mário Lino não tinha novidades para anunciar, limitando-se a referir, depois de questionado pelo REGIÃO, que estava numa cerimónia dedicada a investimentos rodoviários e não ferroviários.Aeroporto da Ota lançadoO ministro reafirmou na ocasião, que o projecto do novo aeroporto, está lançado e anunciou a construção de uma nova via entre Peniche e Torres Vedras com ligação à Ota. “Encontra-se em fase de estudo prévio o IC11, que ligará Peniche a Torres Vedras e que integrará uma ligação ao futuro Aeroporto, com uma extensão de 24 km, e servirá os concelhos de Peniche, Lourinhã e Torres Vedras”.Relativamente ao futuro aeroporto, Mário Lino declarou que “o projecto do aeroporto da Ota está lançado, está em desenvolvimento e é um projecto importante para esta região (Oeste)”. “Não é feito por ser importante para esta região, mas porque é de importância nacional e como está localizado nesta região tem um impacto regional”, acrescentou.O Novo Aeroporto será, assim, “uma oportunidade de desenvolvimento nacional e regional”, cujo impacto “se vai reflectir positivamente em domínios tão importantes como a industria, a logística, o comércio, o turismo, o urbanismo, e o lazer, induzindo, ainda, ao aparecimento de novas actividades económicas”, alegou Mário Lino.Contudo todo este enorme esforço de investimento que se está a realizar, só fará verdadeiramente sentido “se for acompanhado do indispensável empenhamento das forças vivas desta extraordinária região, que pelo empreendedorismo que têm revelado, serão capazes, estou disso seguro, de responder categoricamente aos novos desafios e transformar a Região Oeste num território de progresso e de bem-estar”, acrescentou.Mário Lino acredita, por isso, que favorecida pela localização do novo aeroporto, “a região do Oeste transformar-se-á, a curto prazo, numa região de excelência, tanto nacional como europeia, sendo essa, certamente, a vontade dos seus diversos agentes, autarcas, empresários e cidadãos em geral, que tudo farão para agarrar com determinação esta oportunidade de ouro, concorrendo para a afirmação de uma realidade regional cada vez mais pujante”. “Este grande projecto nacional implica um investimento avaliado em 3 mil milhões de euros e a criação de 28 mil postos de trabalho directos”, lembrou Mário Lino. Linha do Oeste estagnadaProcurando relevar a importância das acessibilidades no Oeste, o ministro interrogou os convidados, sobre se os investimentos turísticos que a região tem vindo a beneficiar – que por exemplo em Óbidos representam mil milhões de euros -, teriam sido realizados senão tivessem sido construídas a A8 e a A15 (Óbidos/Santarém). “A A8 contribuiu, de forma notável, para aproximar a região Oeste, à capital do País – Lisboa – a sul, e à capital de distrito – Leiria – a norte. Com a A8 abriu-se uma vereda de progresso numa região, cujo enorme potencial carecia de investimentos infraestruturais para se desenvolver”, afirmou Mário Lino, sublinhando que “graças à A8, a região Oeste está mais perto de Lisboa, sendo já procurada por muitos lisboetas para terem a sua segunda habitação, quando não mesmo, para fixarem residência permanente, contribuindo, assim, para intensificar movimentos pendulares”.Opções de residência, para as quais não pesará, certamente, a qualidade do transporte ferroviário existente na região do Oeste, concretamente através da Linha Ferroviária do Oeste. Quando questionado pelo REGIÃO sobre quais e para quando, estariam eventualmente previstos futuros investimentos nesta ferrovia, Mário Lino não tinha em carteira novidades para anunciar. Limitou-se a referir, que se encontrava numa cerimónia dedicada a investimentos rodoviários e não ferroviários.