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“Há prejuízos elevados e muitas dificuldades”

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Agricultores e autarcas “unidos” perante os prejuízos causados pelo temporalDepois do temporal estão contabilizados os danos agrícolas em Alcobaça e na NazaréAssociação de Agricultores da Região de Alcobaça inventariou seis milhões de euros de danos António PauloMais de sete toneladas de maçãs, três toneladas de pêra e mais de uma tonelada de hortícolas danificados, cultivados […]

Agricultores e autarcas “unidos” perante os prejuízos causados pelo temporalDepois do temporal estão contabilizados os danos agrícolas em Alcobaça e na NazaréAssociação de Agricultores da Região de Alcobaça inventariou seis milhões de euros de danos António PauloMais de sete toneladas de maçãs, três toneladas de pêra e mais de uma tonelada de hortícolas danificados, cultivados ao longo de uma área total de cerca de 600 hectares, e um prejuízo total de cerca de seis milhões de euros, constitui o balanço dos danos causados pela tromba de água acompanhada de uma anormal queda de granizo, que atingiu as freguesias de Cela, Bárrio, Évora, Vestiaria e Vimeiro, no concelho de Alcobaça, e Valado dos Frades, no concelho da Nazaré, ao final da tarde do passado dia 14. Os dados foram apresentados pela Associação de Agricultores da Região de Alcobaça (AARA), no passado dia 22, no decorrer de uma conferência de imprensa realizada nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Alcobaça, um dia após ter terminado o prazo definido para a inventariação e comunicação dos prejuízos.

Agradecendo a “solidariedade e empenho dos autarcas locais na resolução deste problema”, Pedro Calado, presidente da AARA, anunciou a criação de “uma linha de crédito a pagar em três anos no valor dos prejuízos dos agricultores, a uma taxa de juro bonificada de 1 por cento”, acordada com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça e Nazaré. Revoltados com o ministro “Revoltado”, o presidente da AARA lamentou que “o ministro da Agricultura tenha dito na televisão que a região de Alcobaça não tinha prejuízos”, e salientou que “foi devido a estas declarações que fizemos, ainda com mais garra, o levantamento dos prejuízos na região”. De acordo com Pedro Calado, a contabilização dos danos foi efectuada “para provar às entidades competentes que em Alcobaça existem prejuízos elevados e muitas dificuldades, e que há muitas famílias em dificuldades económicas, porque muitas delas, vivem exclusivamente da agricultura”. O presidente da AARA, advertiu para o facto de que “só cerca de 90 por cento do levantamento dos prejuízos está efectuado, e que ainda vão aparecer mais situações complicadas”. Por sua vez, a presidente da Associação de Regantes da Cela, Deonilde Correia, solicitou à AARA o alargamento do prazo para apresentação dos prejuízos, porque considera “há agricultores que ainda não conseguiram contabilizar os prejuízos e aqueles que estão ainda pouco informados sobre esse levantamento”.De 168 apenas 29 tinham seguroMiguel Leão, técnico da AARA e responsável pela operação de inventariação dos prejuízos provocados pelo temporal, referiu que cerca de 80 por cento da produção frutícola total do concelho foi afectada, sublinhando que “neste momento o fruto não tem qualquer valor comercial e os produtores não o vão conseguir colocar no mercado, uma vez que não se enquadraram nos padrões de qualidade exigidos”. De acordo com Miguel Leão, as culturas com maior prejuízo foram as da maçã e a de pêra, com mais de 10 mil toneladas de produção afectada, num valor de cerca de cinco milhões de euros. Relativamente à produção de maçã, que registou mais de 7 mil toneladas de fruto danificado, os prejuízos reflectir-se-ão, sobretudo, na qualidade da “Maçã de Alcobaça”. Para além da maçã e da pêra, também as hortícolas, com mais de uma tonelada de produção afectada, foram das culturas mais prejudicadas. Ainda de acordo com o técnico da AARA, dos 168 agricultores que comunicaram os seus prejuízos, apenas vinte e nove possuíam seguro, o que corresponde apenas a 17 por cento dos agricultores e a 175,5 hectares de área de cultivo – 29,7 por cento dos quase seiscentos hectares afectados. Mais prejuízos no futuroMiguel Leão afirmou ainda que “os prejuízos far-se-ão sentir predominantemente nas culturas em curso”, sublinhando, contudo que há muitos casos em que as lesões provocadas na estrutura permanente de macieiras e pereiras – que culminaram com a remoção de gomos florais e de graves constrangimentos no sistema vascular das árvores – “afectarão o potencial produtivo destas culturas nas zonas afectadas com consequências na produção da próxima campanha”. O técnico alerta ainda para as plantações jovens, que sofreram lesões de mais difícil recuperação e que irão acarretar custos mais elevados nas futuras operações de poda, que não são possíveis de quantificar de momento. “Só ao fim de três anos é que os agricultores irão recuperar totalmente dos prejuízos agora registados”, sublinhou Miguel Leão. Para a AARA e Direcção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste a “principal preocupação” neste momento incide sobre os agricultores que não estão associados e não têm seguros ao abrigo do Sistema Integrado de Protecção contra as Aleatoridades Climáticas (SIPAC), pelo que irá ser feito um acompanhamento de proximidade e no terreno às peritagens a efectuar pelos técnicos do ministério da Agricultura e peritos das seguradoras. A AARA adianta ainda que irão ser efectuadas duas peritagens, uma o mais rápido possível, e outra na altura da colheita da produção.

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