Fernando Soares treinador dos Iniciados de “Os Nazarenos”Entrevista: O treinador dos iniciados de “Os Nazarenos”, Fernando Soares, falou sobre a época passada Depois de ter começado nas equipas mais jovens do clube alvi-negro, o jovem treinador fala da sua equipa de iniciados Joaquim José Paparrola Como correu a época para a equipa de iniciados? Esperavas algo mais?Penso que fizemos uma época desportiva bastante tranquila já que nunca precisamos de pontuar urgentemente para alcançarmos o nosso primeiro objectivo a manutenção na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Leiria. Ficamos um pouco aquém dos nossos objectivos secundários penso que devido a um campeonato em que os jogos mais difíceis foram todos seguidos, mas também devido a algumas interpretações menos boas dos árbitros para o escalão que estávamos a disputar. Em termos de gestão de grupo penso que foi bastante positivo pois começamos a época com 24 atletas e terminamos com 21, com a saída de Hugo Meca para o Sport Lisboa e Benfica e duas desistências de atletas que praticavam futebol 11 pela primeira vez.
Quais as diferenças e dificuldades que encontrou na transição dos sub 13 para os iniciados?Para os atletas que encontrei na transição, as vantagens do Futebol 7 são bastantes quando comparadas com o Futebol 11. Tendo em conta a ordem psicológica, posso dizer que o jogo de 7 é mais motivante para os jovens pois estes contactam mais vezes com a bola e por consequência participam em mais acções do jogo, sendo mais fácil de obter ou criar situações de golo. Já no jogo de 11, os jovens tem menos contacto com a bola e os mais fracos e menos habilidosos raramente lhe tocam. Também no jogo de 7 consegue-se uma melhor capacidade de concentração no jogo quando comparado com o jogo de 11. No que se refere aos aspectos físicos, o futebol de 7 está mais adaptado as capacidades motoras e fisiológicas dos jovens, pois favorece o desenvolvimento da velocidade, ao contrário do futebol de 11 que obriga a ter mais força para poder fazer passes longos e obrigando também a grandes sprints que são desajustados às capacidades fisiológicas dos jovens. No que se refere aos aspectos técnico-tácticos, o jogo de 7 permite uma melhor execução dos diferentes gestos técnicos ao contrário do jogo de 11 em que o jovem contacta pouco com a bola e em que o seu maior adversário não é o jogo mas sim as dimensões do campo. Por fim, o jogo de 7 proporciona grande mudança entre acções defensivas e ofensivas, polivalência de funções, situações de jogo em equipa enquanto o jogo de 11 proporciona poucas mudanças entre acções de defesa e de ataque, a grande distância entre os jogadores dificulta o jogo em equipa.Como vê o actual momento do futebol juvenil nazareno?No futebol juvenil do Grupo Desportivo “Os Nazarenos”, numa opinião muito própria, penso que existem algumas equipas a trabalhar bem. Nos escalões mais jovens é fundamental que a sua formação se inicie pela base, devendo os atletas passar por um processo de formação coerente, com uma progressão de aprendizagem distribuída por diferentes etapas, com objectivos, estratégias e conteúdos adequados às suas diferentes fases de desenvolvimento. Os atletas não podem chegar ao Futebol de 11 sem conhecer e dominar os princípios específicos do ataque e da defesa no futebol, as acções tácticas individuais ofensivas e defensivas como passe, recepção, desarme, intercepção, e condução, e as acções tácticas colectivas ofensivas e defensivas, como diferentes tipos de desmarcações e diferentes tipos de marcação. Até onde pensa ir no futebol? Tem ambições de treinar um escalão acima, ou prefere ficar pelos mais jovens?Eu sou uma pessoa muito ambiciosa é claro que gostaria de ir mais longe como treinador. É com essa vontade enorme que trabalho todos os dias mas também tenho consciência que é um patamar muito difícil de alcançar e para isso tento ir actualizando os meus conhecimentos de modo a ir progredindo e acompanhando o futebol actual.
0 Comentários