Busto de Manuel Francisco Clérigo mentor da fundaçãoFundação Manuel Francisco Clérigo com nova administração até ao fim deste mês Desde há um ano que a actual administração da fundação de São Martinho do Porto integra apenas dois dos cinco membros obrigatóriosAntónio Paulo A recomposição da administração – de dois para cinco membros – da Fundação Manuel Francisco Clérigo (FMFC), de São Martinho do Porto, deverá ter lugar até ao final deste mês, de acordo com informação prestada ao REGIÃO por Adelino Mendes, chefe de gabinete do governador civil de Leiria, o que a confirmar-se, colocará ponto final a um ano de ilegalidade estatutária. A previsão foi avançada no final de uma reunião mantida no passado dia 12 no Governo Civil de Leiria, e que contou com as participações de Gonçalves Sapinho, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, e Manuel Antunes Pereira, presidente da Junta de Freguesia de São Martinho do Porto, instituições quem cabe designar, respectivamente, dois e um elementos para a gestão da FMFC, sendo que a indicação dos dois restantes dos elementos, cabe ao Governo Civil de Leiria.
Adelino Mendes, adiantou ao REGIÃO que “existe por parte das três entidades disposição de encontrar uma solução que conduza ao bom funcionamento da Fundação”. “Todos estamos a trabalhar para que seja encontrado uma administração, coesa, solidária e cujos elementos partilhem de uma visão comum, relativamente aos projectos a desenvolver na instituição”. Um posicionamento, igualmente partilhado por Gonçalves Sapinho quando afirma que “estamos a trabalhar para completar o elenco da administração, que terá mais um ano de mandato para cumprir”. Também Manuel Antunes Pereira defende uma “solução rápida”, salientando que “importa reformular o conselho de administração e acabar com o sentimento de incerteza de que está rodeada a Fundação, criada para servir a população”.Sobre uma eventual substituição de Albino Oliveira e Marques da Silva, designados pela CMA em Julho de 2004, para um mandato de três anos, Adelino Mendes não quis pronunciar-se, remetendo para a autarquia alcobacense esclarecimentos sobre essa matéria. O presidente da da CMA, Gonçalves Sapinho, sublinhou que “não se trata de proceder a substituições, mas sim de completar o elenco directivo”, o que indicia que a autarquia mantém a confiança em Albino Oliveira e Marques da Silva, nomeados há cerca de dois anos. Como não há duas sem três, também Manuel Antunes Pereira, escusou-se a avançar com o nome que a Junta de Freguesia irá propor para integrar o futuro conselho de administração da FMFC, sendo certo, que terá de encontrar um outro nome, uma vez que o ex-presidente da Junta, Mário Pedro, que foi designado em Setembro passado – mas que nunca chegou a assumir funções -, uma vez que este já manifestou a sua intenção de não aceitar o cargo. Nos últimos meses (ver edição do REGIÃO º 68) têm vindo a acentuar-se os conflitos entre outras instituições de solidariedade locais, população e utentes e os administradores Albino Oliveira e Marques da Silva, com os contestatários a alegarem que “a instituição criada para os pobres, não os está a servir”, e com os segundos, a referirem, que os “tempos são outros e que apenas estão a cumprir-se os regulamentos e os estatutos”. Actualmente, a Fundação conta com 60 crianças no ATL, 35 na creche, 75 no jardim-de-infância, 43 idosos no lar, outros 43 no apoio domiciliário, 20 no centro de dia e 15 no centro de convívio. Os membros do conselho de administração da FMFC não são remunerados, e a Fundação emprega, actualmente, 61 funcionários, sendo detentora de um vastíssimo património imobiliário, já que possui prédios arrendados a cerca de 200 inquilinos.
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