Mateus vai traçar estratégias

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Augusto Mateus traça plano de aplicação dos fundos comunitários no OesteAssociação de Municípios do Oeste quer saber onde e como investirO economista Augusto Mateus vai definir os planos de estratégia para o Oeste e de acção de aplicação no Oeste dos próximos fundos comunitários Os 14 concelhos da Associação de Municípios do Oeste (AMO) – […]

Augusto Mateus traça plano de aplicação dos fundos comunitários no OesteAssociação de Municípios do Oeste quer saber onde e como investirO economista Augusto Mateus vai definir os planos de estratégia para o Oeste e de acção de aplicação no Oeste dos próximos fundos comunitários Os 14 concelhos da Associação de Municípios do Oeste (AMO) – na qual se integram os de Alcobaça e Nazaré -, que deverão receber mais fundos comunitários entre 2007/2013 do que receberam no período 2000/2006, encomendaram a uma equipa liderada pelo economista Augusto Mateus e ex-ministro da Economia no Governo de António Guterres, um estudo no qual se tracem os objectivos prioritários em termos de investimento. Para Carlos Lourenço, presidente da AMO, o estudo deverá “apontar soluções de acordo com o novo quadro comunitário Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN)”.

O trabalho estará concluído em cerca de oito meses, vai custar à AMO cerca de 112 mil euros, e será desenvolvido em três fases: na primeira deverá ser definida uma estratégia específica, tendo em conta as características do território e envolvendo as suas principais entidades. Depois, será construído um plano de acção operacional que contemple as intervenções dos agentes económicos e sociais da região, cruzando-os com os projectos a desenvolver no âmbito da estratégia definida, onde serão tidas em conta as candidaturas a fundos comunitários a candidatar a Bruxelas.Para definir uma estratégia para a região, Augusto Mateus não quer “olhar para trás” mas “construir um diagnóstico para a acção, centrado no Oeste que é possível construir no horizonte de meia geração”. “Teremos de olhar mais para as oportunidades do que para as debilidades ou ameaças, porque há um conjunto de oportunidades que só serão agarradas se desenvolvermos as competências e as forças necessárias”, defendeu o ex-governante do executivo socialista de António Guterres. “Existem potencialidades, mas entre o potencial e a realidade, falta aquele pequeno passo, que é saber estar à altura da história”, sustentou Augusto Mateus, que defende igualmente uma “uma visão e um diagnóstico” e não “mais papelada e ideias genéricas”. Perante estas orientações, os objectivos e prioridades serão definidos em “número limitado, para o serem verdadeiramente” afirmou Augusto Mateus, sublinhando que “isto é relativamente novo em Portugal”. “Saber estar à altura da história”O estudo deverá identificar ainda as “grandes oportunidades e prioridades” em cada um dos catorze concelhos da região, o que pressupõe um trabalho em conjunto com os presidentes de câmaras, empresas, as instituições das artes e do espectáculo, do património, entre outras, com o objectivo de tentar chegar a um documento que seja expressão de uma vontade com ideias claras e instrumentos bem definidos”, afirmou.Para o economista, “o pólo de Lisboa é muito importante, mas também o são os produtos agrícolas do Oeste, com indústria conserveira, vinho, actividades sobre as quais terá de se adicionar inovação, conhecimento e proximidade dos mercados, porque se limitarem a produzir, produz-se sem valor”. Segundo Augusto Mateus, o Oeste “está no melhor de dois mundos: do ponto de vista do ordenamento do território está integrado na região de Lisboa e do ponto vista dos fundos estruturais está integrado na região do Centro”. O economista destacou ainda a mais-valia da proximidade da “dinâmica turística de Lisboa”, sublinhando que o aeroporto da Ota será fundamental, mas depois de saber qual o tipo de equipamento. “Necessitamos de saber que tipo de aeroporto queremos, não é se custa dez, 20 ou 50 e de saber se é um aeroporto para o país, para Lisboa, para a Europa ou para a Península Ibérica”, defendeu Augusto Mateus. Conhecida a tradicional dificuldade da aplicação prática dos planos estratégicos, Augusto Mateus lançou um alerta aos autarcas do Oeste: “Terão que saber estar à altura da história”.

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