A intervenção de Ana Branco na Assembleia Municipal de AlcobaçaÚltima Assembleia Municipal de Alcobaça termina sob ambiente pesadoA intervenção da munícipe Ana Barbosa marcou a última Assembleia Municipal de AlcobaçaLiliana JoãoA última sessão da Assembleia Municipal de Alcobaça, realizada no passado dia 27 de Abril, foi marcada pela intervenção de Ana Branco, moradora em São Martinho do Porto, e que, tal como referiu, “não venho pedir explicações mas sim mostrar o meu desagrado para com a Câmara Municipal de Alcobaça e o meu desencanto com a Junta de Freguesia de São Martinho”.

Ana Branco explicou para a Assembleia o porquê da sua presença. “Sou moradora de São Martinho e acho que as obras de requalificação da vila não são de todo uma asneira”. No entanto a empresária acredita que a construção de um prédio na Rua Vale dos Guizos “é um autêntico atentado à vila”. Explicou a munícipe que “se sentiu indignada”, resolvendo dirigir-se à Junta da Freguesia e posteriormente à Câmara Municipal de Alcobaça, marcando uma reunião com Gonçalves Sapinho, presidente da autarquia, para “um esclarecimento sobre a construção em questão”. “O senhor presidente não foi educado comigo e mal entrou na sala apenas disse o que é que eu tinha a ver com as obras”, contou Ana Barbosa que explicou que “não obtive nenhuma resposta conclusiva”, motivo a que a leva a interpor uma providência cautelar para travar a construção do prédio. Gonçalves Sapinho, após a intervenção da munícipe, recusou-se a responder já que “não é munícipe, já que não está recenseada no concelho”. A sessão terminou com uma troca de palavras entre Gonçalves Sapinho e Ana Branco, onde o autarca disse que “antes de apresentar a providência cautelar, legalize a sua casa”. “Já estava à espera desta reacção da parte do presidente”, disse Ana Branco, que explicou que “não vim fazer uma provocação mas sim mostrar o meu desagrado para a Câmara Municipal. Uma coisa é verdade, a minha casa está legal e não temo qualquer tipo de represálias”. Carlos Bonifácio, vereador das obras privadas explicou que “não é casa que está ilegal, como o senhor presidente disse, mas sim a garagem da munícipe”. Diz Carlos Bonifácio que “a senhora em questão violou o POC para a construção da sua garagem, para a qual a licença foi indeferida”. “Saibro não funcionou”O assunto da Requalificação da Zona Envolvente ao Mosteiro foi mais uma vez “trazido à tona”, desta vez por César Santos, líder da bancada socialista. “A requalificação foi um desastre e gostaríamos de saber quanto é que a obra vai custar a mais do que estava previsto, quem irá pagar esses custos adicionais e quando é que a obra termina, já que foi dito em Março e Março já lá vai e as obras ainda continuam”.“O saibro não funcionou, esse é um facto mas acho que ainda é pouco cedo para que se saiba quanto é que irá custar a mais todo o trabalho extra”, explicou Gonçalves Sapinho. O autarca referiu que “primeiro há que terminar a obra, depois apurar responsáveis pelos erros e depois fazer as contas”, nunca avançando com uma data para o final das obras, já que “na altura em disse Março, podia ter dito Abril, Maio. Ainda não uma data mas a verdade é que já falta muito pouco”. Ainda em durante a sessão foram aprovadas por maioria as monções do deputado independente, José Serralheiro, sobre reordenamento do IC2 e da criação do Hospital do Oeste Norte.