Segundo a equipa da IPI, a Agenda 21 Local “salvaguarda os recursos e o futuro sem prejudicar o presente”Segunda sessão de apresentação da Agenda 21 Local do concelho da NazaréDecorreu na passada quinta-feira mais uma sessão de apresentação da Agenda 21 Local da NazaréLiliana JoãoRealizou-se na passada quinta-feira, dia 6, na Câmara Municipal da Nazaré, a segunda sessão de apresentação da Agenda 21 Local, uma iniciativa aberta à participação dos representantes das organizações da sociedade civil, agentes económicos e população em geral.
A Agenda 21 Local é um instrumento de integração e articulação, ao nível da comunidade local, dos quatro pilares do desenvolvimento sustentável: ambiente, economia, sociedade, conhecimento e inovação, que no caso da Nazaré, integra ainda mais um elemento, o mar. A elaboração deste projecto está a ser elaborado pela empresa de consultaria Inovação, Projectos e Iniciativas (IPI). “Nesta segunda sessão será feito uma maior abrangência a todas as questões do tecido económico e que não está vocacionado para ficar na prateleira mas sim para ser constantemente em desenvolvimento”, explicou Jorge Barroso, presidente da Câmara Municipal da Nazaré que voltou a sublinhar que “a Agenda 21 Local é um projecto de desenvolvimento sustentável em que é necessário uma participação muito activa de todos os sectores da comunidade do concelho”. Jorge Barroso salientou que “este projecto só terá a abrangência e dimensão que a sociedade quiser”, o que implica que haja “uma nova filosofia de gestão”. Segundo os representantes da IPI, empresa responsável pela elaboração deste projecto, “este é processo dinâmico para implementar medidas tendo em vista o desenvolvimento sustentável, em termos sócio-económicos e ambientais, do concelho da Nazaré”.“A Agenda 21 Local é um projecto em que a comunidade se tem de envolver”, explicou Paula Oliveira, membro da equipa da IPI, referindo que “Câmara Municipal não é a responsável pelo sucesso deste projecto, apenas deu o pontapé de lançamento para o projecto”. Potencialidades e fragilidadesDurante esta sessão foram apresentadas pela equipa da IPI as potencialidades e fragilidades, “que importará ultrapassar”, como foi referido pela equipa da IPI, do concelho da Nazaré. O mar deverá ser uma potencialidade a aproveitar já que constitui um recurso estratégico podendo explorar o turismo e aproveitar as energias das águas, para além deste elemento facultar a presença de importantes elementos naturais e piscícolas. Mas a presença do mar no concelho importa também algumas fragilidades a ultrapassar como é o caso da sobre exploração dos recursos vivos, a poluição das águas e a erosão costeira. A nível ambiental, os pontos fortes do concelho são os recursos hídricos abundantes, tal como o sistema de abastecimento de água à totalidade da população. No entanto, a águas fluviais são de má qualidade e há um deficiente funcionamento das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Nazaré e Alcobaça. No sector económico, o sector primário é bastante importante no concelho, com o sector agrícola e das pescas a ter a maior fatia na importância da economia do concelho. No entanto, as actividades terciárias, comercio, transporte e serviços, predominam no concelho, apesar de haver uma preferência por parte da população activa pelo trabalho sazonal, factor explicado pela vila da Nazaré ser uma vila turística. Para além disto, e apesar de ser uma região emissora de turismo e de a agricultura e a pesca serem potencialidades do concelho, a equipa da IPI esclarece que “no entanto existem algumas fragilidades nestes aspectos”, como é o caso dos problemas ambientais no regadio e o envelhecimento da população, a nível da agricultura, e reduzida dimensão da frota de pesca.
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