A exposição “O Tempo e a Moda” é uma organização conjunta do Museu do Traje, da ACSIA e do Mosteiro de AlcobaçaExposição “O Tempo e a Moda” reúne vestuário do passado e do presente A exposição “O Tempo e a Moda” permanece na Ala Sul do Mosteiro de Alcobaça até dia 28 de MaioLiliana João Foi inaugurada no passado dia 31 de Março a exposição “O Tempo e a Moda”, exposta na Galeria de Exposições Temporárias da Ala Sul do Mosteiro de Alcobaça, até 28 de Maio, numa organização conjunta entre do Museu do Traje, da Associação Comercial, de Serviços e Industrial de Alcobaça (ACSIA) e do Mosteiro de Alcobaça, com o apoio da Câmara Municipal de Alcobaça.

Esta mostra alia uma exposição sobre a evolução da moda entre os séculos XIV e XX a uma exposição comercial de moda actual, onde estiveram presentes mais de 30 comerciantes da cidade de Alcobaça. Incluída nesta iniciativa está a realização de quatro passagens de modelos, estando as duas últimas agendadas para os próximos dias 20 e 21 de Maio.Durante a cerimónia de inauguração, Madalena Brás Teixeira, directora do Museu do Traje, caracterizou esta iniciativa como “um conjunto plurisocial, não podendo ser mais completa com a mistura do passado e do presente”, lembrando o facto de “Alcobaça ser um dos sítios onde se iniciou a estampagem dos tecidos”. Para Madalena Brás Teixeira “esta exposição tem todas as características daquilo que se chama em museologia uma exposição com característica de museologia social”. Para Jorge Vasco, presidente da ACSIA, “este é um evento muito especial porque é a primeira vez, desde há muitos anos, que os comerciantes de Alcobaça se uniram num evento de modo a valorizar a sua cidade”.Rui Rasquilho, director do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, salientou no seu breve discurso “a importância da união entre os comerciantes e o Mosteiro”, já que “é com muito gosto que vejo finalmente este espaço do Mosteiro aproveitado, com toda a gente a colaborar e a sentir-se orgulhosa da sua terra e sem a direcção de ninguém, só com a orientação dos técnicos.” O director do Mosteiro de Alcobaça reconhece que “esta exposição se insere num quadro museológico, mas também comercial” porque acredita que “temos que inovar e de ser arejados, uma coisa não é impeditiva da outra”, já que “vale a pena associar a arte ao comércio, a todos os níveis”. “Hoje em dia não se pode dizer que é o director disto que organiza, que é o presidente daquilo que organiza, mas sim um grupo de pessoas solidárias a organizar”, explicou Rui Rasquilho que acredita que “esta ideia é um exemplo para Alcobaça feita por ela mesma”. Animação no Mosteiro“A minha ideia enquanto director do Mosteiro é trabalhar para Alcobaça, gerindo da melhor maneira, para os Estado Português, para a região e para o turismo”, explicou Rui Rasquilho, que afirma que a animação do Mosteiro de Alcobaça “é uma das prioridades”.“As exposições na Ala Sul irão para continuar”, segundo o director do Mosteiro de Alcobaça, uma vez que pretende rentabilizar este espaço com actividades culturais que constituem uma mais-valia para os visitantes. “Para já, foi colocado um piano de cauda na Sala do Capítulo, por empréstimo do Cine-Teatro de Alcobaça, a que se seguirá um cravo”, explicou Rui Rasquilho, para que o contratenor alcobacense Luís Peças actue quatro vezes por dia no espaço medieval quando começar o afluxo de turistas, no Verão. Para o director do Mosteiro “a imaginação não parará para valorizar este Mosteiro e a nossa terra”.Assim, em Agosto ou Setembro deverá estar patente ao público uma exposição do acervo cerâmico da colecção Vieira Natividade, comissariada por Jorge Pereira de Sampaio. Decorrem também conversações actualmente com o director da Biblioteca Nacional para serem expostas, no final deste ano ou no início do próximo, obras representativas da velha Livraria de Alcobaça e do Cartório alcobacense.