Luís CAixeiroMembro do Comité Central do PCPNo dia 6 de Março de 1921, comemora-se agora os 85 anos, nasceu o Partido Comunista Português, o primeiro partido – e até hoje o único em Portugal – criado e dirigido pelos trabalhadores e pelo povo. Muitas seriam as razões para lembrar a sua heróica e revolucionária história, feita de lutas concretas na resistência e derrota do fascismo, na conquista de Abril e na construção da liberdade, na perspectiva emancipadora da edificação do socialismo e do comunismo. De profunda justiça seria recordar os milhares de homens e mulheres que lutaram – muitas vezes morreram – e continuam a lutar por uma sociedade mais justa, fraterna e humana. Imprescindível seria assinar o papel do jornal Avante! no esclarecimento e mobilização da classe trabalhadora e dos seus aliados, jornal sempre escrito, impresso, distribuído e lido com regularidade dentro do território nacional desde 1931. Porém este Partido, orgulhoso e digno da sua história tem mais presente, mais futuro e mais projecto que passado. No seu programa politico “Portugal: uma democracia avançada no limiar do século XXI” o PCP afirma-se um partido “intimamente ao serviço do povo português e de Portugal” e assenta o seu projecto na construção de uma democracia com quatro vertentes inseparáveis: a democracia politica, económica, social e cultural. Só assim o PCP se concebe; para servir o seu povo e o seu país.
Neste tempo em que se aprofundam as linhas de idealização da ideologia única, em que se apregoa o fim da linha divisória entre as classes sociais e entre os partidos políticos e em que se publicam leis que visam eliminar tudo o que se oponha a esta concepção, o PCP é simultaneamente alvo a abater pelos seus inimigos e ponto de esperança dos trabalhadores e da população. Olhando para o mundo com os óculos da ideologia dominante poderíamos afirmar: “Se o PCP fosse o partido que, de facto, responde aos interesses e aspirações da esmagadora maioria do país receberia o seu voto nas eleições”. Contudo, olhando para o mundo sem deixar que nos imponham formas distorcidas de o ver podemos com toda a certeza afirmar: “Se o PCP não fosse o partido que responde aos interesses do povo e do país não haveria tantos esforços para o destruir”. Hoje, como no passado, a tarefa do PCP mantém-se: esclarecer, mobilizar e organizar para a conquista de melhores condições de vida cada vez mais vastas camadas da população e de trabalhadores. Hoje, como no passado, “O Partido”, continua a ser elemento aglutinador dos homens, mulheres e jovens que não abdicam da transformação do mundo e por isso, durante o último ano e meio, vieram ao PCP mais 2600 novos militantes, na sua maioria com menos de 30 anos. A prova de justeza e necessidade do PCP é que não há luta, não há direito conquistado, não há proposta na Assembleia da República que seja positiva para os trabalhadores, não há avanço social para o país que não tenha a sua presença empenho e esforço. A prova da justeza e necessidade do PCP é a sua permanência, intimamente ligado à vida e ao mundo e o respeito e carinho que recebe do povo português e de muitos outros povos do mundo.
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