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Três levam com 68 anos de cadeia

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Familiares e amigos de Hélder Israel (na foto pequena) em fúria para com os homicidasTribunal da Nazaré aplica penas severas a alegados homicidas de Hélder IsraelOs três acusados do assassínio do pescador nazareno foram condenados em primeira instância a penas entre os 21 e 25 anos de prisãoAntónio PauloMarco Correia condenado a 25 anos de […]

Familiares e amigos de Hélder Israel (na foto pequena) em fúria para com os homicidasTribunal da Nazaré aplica penas severas a alegados homicidas de Hélder IsraelOs três acusados do assassínio do pescador nazareno foram condenados em primeira instância a penas entre os 21 e 25 anos de prisãoAntónio PauloMarco Correia condenado a 25 anos de prisão. Sérgio Monteiro condenado a uma pena de prisão de 22 anos de cadeia. Roberto Catarino condenado a uma pena de prisão de 21 anos e seis meses. Este foi o veredicto, ditado por unanimidade pelo colectivo de juízes, presidido por Arlindo Crua, e lido aos arguidos no passado dia 20 no Tribunal Judicial da Nazaré, como resultado do julgamento em primeira instância do homicídio do pescador nazareno Hélder Israel. Roberto Catarino, condenado à menor pena, beneficiou do facto de se ter entregue voluntariamente na esquadra da PSP da Nazaré e colaborado com os investigadores, para além da “coerência” manifestada nos depoimentos prestados em sede de julgamento, assumindo a “co-autoria” dos crimes.

Da leitura do acórdão que se prolongou por cerca de hora e meia numa sala de audiências lotada com pouco mais de vinte pessoas, os arguidos foram condenados em pena única por homicídio qualificado, profanação de cadáver e diversos furtos, não tendo, no entanto, sido apuradas e provadas as motivações que presidiram ao homicídio. Provado ficou que, pelo menos durante uma hora, os autores do crime “insistiram e reiteraram” os actos de violência para com o pescador. Após a leitura da sentença, na qual é sublinhada a “censurabilidade e perversidade” dos crimes e “a forma desumana e cruel como as agressões” foram infligidas à vítima, o juiz Arlindo Crua, numa apreciação pessoal, lamentou a aplicação de “penas tão elevadas a pessoas tão novas”, mas lembrou que Hélder Israel não está cá para ouvir, ao contrário dos arguidos, reforçando que “a atitude não pode passar em claro” e lamentando que “não tenham optado por levar a vida por outros caminhos”. “Agora terão tempo para pensarem no que querem fazer das vossas vidas quando saírem em liberdade”, reforçou o juiz, lançando especialmente aos arguidos Marco Correia e Sérgio Monteiro a recomendação de que “quando fazemos alguma coisa temos de assumir aquilo que fizemos, o que nos dignifica enquanto seres humanos, não procurando encontrar bodes expiatórios”, numa clara alusão ao comportamento dos dois em sede de julgamento. A família do malogrado Hélder Israel pedia uma indemnização de 187 mil e duzentos euros, tendo este pedido sido reduzido e fixado pelo colectivo em 135 mil euros, acrescidos das despesas registadas com o funeral da vítima.Populares e familiares em fúriaO trio de arguidos que ouviu a leitura do acórdão e as palavras do juiz Arlindo Crua sem esboçar qualquer reacção, vão continuar detidos preventivamente, aguardando o trânsito de sentença em julgado, para depois as cumprirem de forma efectiva as penas aplicadas. É um dado adquirido que por parte dos seus defensores não existe intenção de recorrer de qualquer das penas aplicadas, não tendo, contudo, sido possível apurar se por parte do Ministério Público, haverá lugar a recurso de alguma das condenações aplicadas. Por seu lado, Tânia Gandaio, advogada da família de Hélder Israel mostrou-se “satisfeita” com a sentença, anunciando não ir recorrer das condenações, salientando no entanto que a indemnização cível fixada pelo tribunal “não tem qualquer valor, porque os arguidos não têm qualquer possibilidade de a pagar”, adiantando que neste caso vai ponderar “a apresentação de um recurso junto do Estado ao abrigo da lei das indemnizações para vítimas por crimes de sangue”. À saída do tribunal, num ambiente de grande tensão, os agentes da PSP da Nazaré e do Corpo de Guardas Prisionais sentiram algumas dificuldades para controlar a fúria de familiares e algumas dezenas de amigos da vítima, que não pouparam os arguidos a palavras e frases como, “assassinos”, “mereciam prisão perpétua” e “esperamos por vocês, quando saírem da cadeia”, isto enquanto batiam nas viaturas celulares que transportariam os alegados homicidas à cadeia. Foi a muito custo que os agentes da PSP e guardas prisionais evitaram que alguns dos populares concentrados junto às carrinhas colocassem em risco a integridade física dos arguidos. O crime remonta à madrugada de 11 de Abril, em Famalicão, no concelho da Nazaré, depois do pescador Hélder Israel, de 38 anos, ter sido convidado por Marco Correia para “tomar um copo” em sua casa, conjuntamente com os outros dois acusados. Depois da ingestão de bebidas alcoólicas, o pescador foi agredido até à morte a pontapé e com um machado. Os três acusados ocultaram o cadáver colocando-o dentro de um saco e transportando-o até Peniche, onde do alto de uma falésia o atiraram para o mar. O corpo viria a ser descoberto por um pescador de percebes cinco dias depois. Entretanto, após o crime, os três acusados assaltaram três residências e um centro de saúde em Alfeizerão.

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