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Joaquim Henriques . O novo começa sempre com poucos. Mas tem de começar em qualquer ponto, por qualquer lado. Por que não por aqui e agora mesmo?A organização e funcionamento interno de qualquer partido político são, seguramente, inseparáveis da sua própria identidade e modernidade. Assim o é para qualquer partido, assim o é também para […]

Joaquim Henriques . O novo começa sempre com poucos. Mas tem de começar em qualquer ponto, por qualquer lado. Por que não por aqui e agora mesmo?A organização e funcionamento interno de qualquer partido político são, seguramente, inseparáveis da sua própria identidade e modernidade. Assim o é para qualquer partido, assim o é também para o Partido Socialista. O Partido Socialista apresenta uma estrutura de funcionamento alicerçada na democracia representativa interna. No funcionamento do PS deve prefigurar o modelo de democracia que pretende para a sociedade. É no modelo adoptado pelo Partido Socialista português, baseado na democracia representativa interna, na liberdade e no pluralismo de opiniões e sensibilidades, que me revejo.

O actual funcionamento do PS Nazaré tem sido, contudo, diferente. As propostas quando vêm, vêm de cima para baixo. As candidaturas não se apresentam em torno de programas ou projectos políticos mas de fidelidades pessoais. Não há debate de ideias. O partido está distante dos militantes, dos simpatizantes e da população em geral. Há muito que está fechado em si mesmo nas questões verdadeiramente políticas, abrindo-se apenas para polémicas constantemente alimentadas. Este funcionamento coloca em causa a democracia interna que é uma das regras de ouro do socialismo democrático e têm sido várias e graves as suas consequências: o centralismo, o amorfismo ideológico e político, o descrédito, a derrota.A Nazaré, o concelho, precisa cada vez mais de uma esquerda forte. O pólo aglutinador da esquerda tem de ser o PS. Por isso não pode deixar a outros a defesa do património cultural e dos valores de esquerda, tem de ser o PS a assumi-los, a renová-los e a adaptá-los à nossa realidade. Tem de ser o PS a assumir o papel da diferença, da confiança, do combate pela alternativa de política de desenvolvimento para o concelho. Tem de ser o PS a assumir com vontade, empenho e trabalho o papel que no dia 9 de Outubro de 2005 o voto popular lhe deu – o papel de oposição. O contrário só aumentará ainda mais a desconfiança, o descrédito e levará o partido quase que a uma nulidade.É pela linha política, pela abordagem inovadora dos problemas novos, pela capacidade de dar nova vida e novo conteúdo a um projecto político de alternativa que passa o futuro do nosso partido e do nosso concelho. Não pelo auto-apagamento, nem pelo esbatimento das fronteiras ideológicas e das causas que nos unem. Muito menos por uma atitude de “partido envergonhado”. E menos ainda por soluções orgânicas ao arrelio de toda a cultura e tradição socialistas.A “melancolia democrática” não é apenas o resultado da falta de transparência e da distância entre os eleitos e os eleitores, os partidos e os cidadãos, e com certeza, não se resolverá com alienações, sobreposição de interesses, nem obviamente com a inversão de papéis entregues pelo voto popular. Por muito difícil que possa parecer, é preciso afirmar a diferença. A alternativa. Tanto a nível político como ético.Só assim o PS será solução e não problema.Impõe-se, portanto, uma reflexão, tendo em vista um novo relacionamento do partido com a autarquia, com a população e consigo mesmo. A vida política é feita de ciclos. De vitórias e derrotas. De ascensão e refluxo. Mas um partido como o PS tem de representar valores permanentes. Deve saber renovar-se assegurando a preservação e permanência desses valores. Para isso é indispensável a sua vitalidade interna, e esta só é possível com debate, pluralismo, confronto de ideias. Um partido como o PS não pode ser de forma alguma um simples instrumento técnico para disputas eleitorais.Está nas mãos do PS a possibilidade de fazer alterar o rumo das coisas e nas nossas mãos a de levar este PS tão longe quanto possível: até à vitória. Verdadeira, Transparente, Justa e Socialista. Para isso, é preciso uma verdadeira e profunda reflexão, aberta a todos e a todas as opiniões e sensibilidades tendo sempre em vista o futuro do partido. É preciso, pois, uma verdadeira união dessas várias sensibilidades políticas em que o PS se vê dividido em torno desta nova fase. Elas são necessárias para o próprio bem do partido. Todos são importantes para este processo. A unidade do PS é condição fundamental para que o partido possa começar um novo caminho, com uma nova força e de promover uma política de transparência, de diferença, de proximidade, de verdade, de alternativa. É a Nazaré quem o exige. Está na hora de começarmos a construir este novo PS Nazaré.

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