Qualidade das águas da Baía de São Martinho tem vindo a melhorarSão Martinho tem registado uma progressiva melhoria na qualidade das águas Os receios de eventuais descargas entravam uma candidatura ao galardão ambiental Carlos Barroso”A qualidade da água na Baía tem melhorado todos os anos e o nosso objectivo é candidatarmo-nos à Bandeira Azul” revelou ao REGIÃO, Manuel Pereira, presidente da Junta de Freguesia de São Martinho do Porto. Ainda assim, o autarca não esconde os receios de que “a meio do Verão possa haver uma descarga e estragar o trabalho efectuado”, e tendo em conta os bons resultados das sucessivas análises efectuadas às águas, “já dão para nos candidatarmos ao galardão”. Hesitando em avançar para a candidatura, Manuel Pereira, sublinha que “se calhar é preferível por agora não nos candidatarmos à Bandeira Azul, do que ela nos ser atribuída, e depois em função de uma descarga criminosa, tenhamos de arriar a bandeira a meio da época”.
Para além dos resultados das análises às águas da Baía, Manuel Pereira aponta ainda como factor de sustentabilidade de uma eventual candidatura à Bandeira Azul, a limpeza da praia registada no ano passado. Uma situação que o autarca acredita que vai manter-se no próximo Verão. “A empresa que no ano passado limpou a praia, muito bem, em princípio, vai ser a mesma que o fará este ano”. O factor determinante para que uma candidatura da Baía de São Martinho seja apresentada à Associação da Bandeira Azul, e que deixaria Manuel Pereira “mais descansado”, prende-se com a entrada em funcionamento da mega Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) sob a responsabilidade da empresa Águas do Oeste, que já concluiu a instalação do exutor submarino. A nova ETAR será manifestamente suficiente para tratar os efluentes domésticos dos cerca de 40 mil residentes na vila na época alta, os quais atingirão valores muito baixos para uma obra de milhões de euros e da qual a empresa Águas do Oeste pretenderá tirar uma maior rentabilidade, contando para isso a empresa, com o desenvolvimento do projecto de recolha e tratamento dos efluentes das suiniculturas da região.Sem a entrada em funcionamento do novo equipamento, São Martinho apenas pode contar com o tratamento às águas residuais na velha ETAR, o que leva Manuel Pereira a reforçar os seus receios face “as pessoas que não tem respeito pelo meio ambiente e que a mínima oportunidade podem fazer descargas poluidoras da Baía”.Para melhorar a Baía de São Martinho do Porto, o autarca defende ainda a necessidade de efectuar “uma abertura de um canal na Barra e proceder a uma dragagem com mais de 500 mil metros cúbicos, de modo a permitir a entrada de veleiros de algum porte”. “Não queremos veleiros muito grandes, mas como a Barra está actualmente, na Baía não entra nenhum”, sublinha Manuel Pereira, argumentando que “as dragagens que ali foram feitas rondam apenas 300 mil metros cúbicos e por isso não são e não foram uma intervenção eficaz”.
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