Aproxima-se a passos largos mais um Natal, solenidade cristã que cada vez menos é lembrada pelo seu significado religioso e que cada vez mais é associada à tradicional troca de presentes.A época natalícia é agora marcada pelo consumismo, onde a publicidade, o marketing e a euforia das compras ditam a tendência da nossa sociedade.
Mas, porque os tempos que vivemos são difíceis, é importante tentar contrariar esta orientação e lembrar o verdadeiro significado do Natal, não caindo em excessos e recordando que o que importa é festejarmos esta quadra em família.É certo que todos gostamos de oferecer algo àqueles que nos são mais próximos mas não podemos deixar que os presentes de Natal comprometam o nosso orçamento familiar.Importa assim planear as compras considerando o montante disponível e as pessoas a quem pretende oferecer os seus presentes. É mesmo aconselhável que elabore uma lista com o nome dessas pessoas e com o limite de valor para cada uma delas. Para o ajudar a comprar melhor e a poupar algum dinheiro, saiba que a PRO TESTE fez um estudo comparativo, contemplando uma vasta gama de produtos a nível nacional.Depois, resta começar a procura do presente ideal!Se tiver em mente oferecer um produto electrónico, procure conhecer o produto antes de o adquirir, solicitando uma demonstração e verificando se tem manual de instruções em português.Caso opte pela oferta de uma peça de vestuário, recolha informações acerca da possibilidade de troca e, em caso afirmativo, solicite esta informação por escrito, por exemplo, no talão com o respectivo prazo para troca do artigo.Na aquisição de brinquedos dê especial atenção à idade da criança e procure oferecer algo que seja pedagógico e educativo. Verifique se o brinquedo apresenta arestas cortantes ou pontiagudas, peças destacáveis ou materiais facilmente inflamáveis que possam por em risco a segurança física da criança.Independentemente do presente que escolha para oferecer, guarde sempre as facturas e recibos de compra durante, pelo menos, dois anos, pois só assim pode defender os seus direitos caso se verifique algum problema com o produto adquirido.Não se esqueça que a partir do momento em que se aperceba de algum problema, dispõe de dois meses para o denunciar junto do vendedor.Perante o galopante aumento da taxa de endividamento dos portugueses, há que evitar ao máximo o recurso ao crédito para pagamento das compras que efectuar, sendo aconselhável pagar a pronto. Porém, se optar pelo recurso ao crédito, pondere cuidadosamente qual a melhor opção.A utilização do cartão de crédito pode ser uma alternativa vantajosa se pagar as despesas que realizar na totalidade, utilizando o período de crédito gratuito (entre os 20 e 50 dias, dependendo do banco).Se preferir contrair um empréstimo, recordamos que, regra geral, torna-se mais barato pedir um crédito para as suas compras no banco do que nas lojas. Neste caso, saiba que a entidade que lhe conceder o crédito tem a obrigação de lhe entregar cópia do contrato e que, caso se arrependa, pode anulá-lo no prazo de 7 dias úteis, através de carta registada com aviso de recepção.Não se esqueça que um empréstimo mal escolhido e o recurso ao crédito de forma desmedida pode tornar as compras de Natal num presente envenenado e que, afinal, o que conta é mesmo a intenção.Marta Costa Almeida – Jurista na DECO Delegação Regional de Santarém
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