Mosteiro de Alcobaça foi a primeira das “7 maravilhas de Portugal” a ser anunciada.
Depois de muita incerteza Mosteiro de Alcobaça acaba eleito
O distrito de Leiria conseguiu o pleno no concurso das “7 Maravilhas de Portugal” com a eleição dos Mosteiros de Alcobaça e da Batalha e do Castelo de Óbidos
António Paulo Afinal não houve lugar a uma “vergonha nacional” e não se confirmou a “prostituição do concurso”, duas das mais pessimistas antevisões de Gonçalves Sapinho, presidente da Câmara Municipal de Alcobaça (CMA), caso o Mosteiro de Alcobaça não figurasse entre as “7 Maravilhas de Portugal”. Estas angústias do edil alcobacense dissiparam-se na noite do passado dia 7, dando de imediato lugar a sentimentos de “emoção”, “alegria” e “orgulho” e “satisfação do dever cumprido”, quando o Mosteiro de Alcobaça foi a primeira das “7 Maravilhas de Portugal” a ser anunciada no decurso de um mega-espectáculo realizado no estádio do Sport Lisboa e Benfica, como complemento do anúncio das novas “7 Novas Maravilhas do Mundo” que passaram a ser o Coliseu de Roma (Itália), Cristo Redentor no Rio de Janeiro (Brasil), Petra na Jordânia, Machu Pichu no Perú, Taj Mahal na Índia, Chichén Itzá no México e a Grande Muralha na China. Gonçalves Sapinho, presidente de uma das autarquias que mais investiu na promoção do monumento dentro do concurso – o edil avançou com o número de 150 mil euros -, assegurou que foi com uma “alegria muito grande e uma imensa felicidade” que viu o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça ser eleito pelos portugueses como uma das maravilhas do País. Para Sapinho, depois de o Mosteiro de Alcobaça ter sido reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Cultura e Ciência (UNESCO) como Património Mundial, este designação de “maravilha” representa “um acto de justiça e uma homenagem ao Mosteiro, o que constitui uma satisfação para a maioria esmagadora das pessoas”, sustentando que “são os alcobacenses que devem ser felicitados, mesmo aqueles, que por alguma razão, não ficaram contentes com este resultado”. O autarca que espera que a eleição do Mosteiro traga mais turistas ao concelho, considera que esta escolha é uma “oportunidade de promoção” que a cidade não pode dispensar, sublinhando que eleição de dois monumentos próximos de Alcobaça, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, e o Castelo de Óbidos, potencia “um trabalho conjugado que poderá permitir um maior desenvolvimento do ponto de vista político e cultural”. Quanto aos festejos da eleição do Mosteiro de Alcobaça como uma das “7 Maravilhas de Portugal”, para além dos que tiveram lugar na própria noite quase de forma espontânea no próprio monumento com a presença de funcionários e munícipes que assistiram a pequena actuação do contra-tenor Luís Peças, a CMA confirma que “a maior metamorfose de todos os tempos” do monumento vai suceder no Verão de 2008, através da magia de Luís de Matos, ele que se assumiu como o “rosto” promocional da campanha desenvolvida pela autarquia, para levar os portugueses a votarem no mosteiro cisterciense. Satisfação e rentabilização Rui Rasquilho, director do Mosteiro de Alcobaça, que por estar ligado institucionalmente à UNESCO – entidade que não reconheceu o concursodas “7 Novas Maravilhas do Mundo” – não esteve no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, seguiu a cerimónia pela televisão, realça que “a autarquia que investiu muito na promoção do monumento, representou bem o Mosteiro”. Sobre a eleição do “seu” Mosteiro em conjunto com o Mosteiro da Batalha e do Castelo de Óbidos, aquele responsável, mostra-se convicto que “agora os operadores turísticos, vão por certo, estudar um percurso por estas três maravilhas”. Salientando a “vantagem” de o Mosteiro de Alcobaça ter sido a “primeira Maravilha a ser anunciada”, Rui Rasquilho sublinha que a eleição para as “7 Maravilhas de Portugal” do monumento “vale o que vale” e que para o futuro é importante é que se encontrem soluções para as áreas devolutas do Mosteiro. Igualmente satisfeito com a integração dos “seus” Mosteiros de Alcobaça e da Batalha nas “7 Maravilhas de Portugal” a par do Castelo de Óbidos, Miguel Sousinha, presidente da Região de Turismo Leiria/Fátima (RTL/F), pretende desenvolver um conjunto de iniciativas de animação e humanização, em parceria com os três municípios, a que se poderá juntar o Convento de Cristo, em Tomar, tendo por finalidade a criação de uma rota de património cultural que seja “mais profícua” para a região. Por seu turno, o presidente da Região de Turismo do Oeste (RTO), António Carneiro, após a eleição do “seu” Castelo de Óbidos, considera que a região deverá “trabalhar rápida e afincadamente para a construção de um conjunto de novos materiais promocionais”, nomeadamente em brochuras e informações via Internet, “que coloque os sete monumentos eleitos no circuito turístico internacional”. Considerando que Portugal tem desenvolvido a sua imagem “à custa do sol e praia”, Carneiro acredita que o País só terá a ganhar, em termos de competitividade turística, apostando no turismo cultural. Satisfeito pela eleição do Castelo de Óbidos como uma das “Maravilhas de Portugal”, já que se trata da “âncora turística da região Oeste”, António Carneiro sublinha o “concelho de Óbidos é uma grande âncora turística e vai tornar-se, a muito curto prazo, num dos mais modernos e internacionais destinos de golfe”.
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