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Nazaré com novas espécies marinhas

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Investigação no Canhão da NAzaré proporcionou novas descobertas Explorações submarinas proporcionam novidades científicas Um protozoário, micróbios e corais fazem parte da listagem de novas espécies que os cientistas descobriram nas profundezas abissais do mar da Nazaré O relatório de 2006 do “Censo da Vida Marinha”, apresentado recentemente a nível mundial, contém uma referência a uma […]
Nazaré com novas espécies marinhas

Investigação no Canhão da NAzaré proporcionou novas descobertas

Explorações submarinas proporcionam novidades científicas Um protozoário, micróbios e corais fazem parte da listagem de novas espécies que os cientistas descobriram nas profundezas abissais do mar da Nazaré O relatório de 2006 do “Censo da Vida Marinha”, apresentado recentemente a nível mundial, contém uma referência a uma descoberta científica no Canhão da Nazaré. Um protozoário (organismo unicelular) de grandes dimensões e que se julga ser uma nova espécie.

O protozoário foi recolhido nas profundezas abissais do Canhão da Nazaré, a 4300 metros, durante uma expedição do navio de pesquisa “R.R.S. Discovery”, do Centro Oceanográfico Nacional de Southampton, Reino Unido, no âmbito do projecto “Hermes” – que junta 41 instituições europeias para estudar os ecossistemas marinhos das margens continentais, entre elas o Instituto Hidrográfico e a Universidade de Aveiro.

O relatório do “Censo da Vida Marinha” – um projecto científico ligado a instituições intergovernamentais e não-governamentais relacionadas com o ambiente e o desenvolvimento, que se prolongará até 2010 – aponta o protozoário descoberto no Canhão da Nazaré como um micróbio “macro”, pelas suas dimensões inusitadas. Tem uma só célula, envolta numa concha protectora que pode atingir os 2,5 centímetros de largura por seis de altura. Segundo o documento, “o protozoário descoberto no Canhão da Nazaré, ao largo de Portugal, difere dos protozoários comuns, vistos a nadar em água ao microscópio. A célula única desta frágil nova espécie de Xenophyophore está revestida por uma concha achatada, de 1 cm de diâmetro, composta por finas partículas minerais”.

Cientistas portugueses presentes

Nesta expedição ao Canhão da Nazaré, que decorreu no Verão de 2005, participaram cientistas portugueses. Citada pelo diário “Público”, a bióloga Ana Aranda da Silva conta que o protozoário “português” foi recolhido numa amostra de sedimentos de uma caixa enviada às profundezas do maior vale submarino da Europa. “Estivemos oito horas ao microscópio, a tirar sedimentos, e o que sobrou foram estes organismos extremamente frágeis”, explica a investigadora da Universidade de Aveiro. Segundo explica ao “Público” (edição de 11 de Dezembro passado) Ana Aranda da Silva, estes organismos unicelulares “parecem uns corais muito pequeninos, mas espalmados, que vivem na superfície dos sedimentos no limite do Canhão da Nazaré. Só temos três e não temos a certeza de que sejam todos da mesma espécie”.

Este micróbio gigante não foi, contudo, a única descoberta desta expedição do projecto “Hermes”, embora apenas ela tenha sido referida no relatório do “Censo da Vida Marinha”. As águas profundas do Canhão da Nazaré revelaram a existência de um crustáceo que os cientistas crêem ser uma nova espécie. Segundo o mesmo artigo, citando Marina Cunha, coordenadora da equipa da Universidade de Aveiro que participou no cruzeiro científico do “Discovery”, o novo crustáceo tem “a particularidade de se enrolar como um bicho-de-conta”. Só com alguns milímetros de comprimento, o organismo é branco e vive também no Canhão da Nazaré, a grande profundidade, entre os 3 e os 4000 metros.

Tudo indica que mais novidades possam vir a ser reveladas sobre a vida nas profundidades do Canhão da Nazaré, resultantes destas expedições científicas, mas mais estudos serão necessários até se apresentarem novas conclusões.

O protozoário do Canhão da Nazaré referido no “Censo da Vida Marinha 2006” surge ao lado de outras grandes descobertas, como o “Neoglyphea neocaledonica” ou “camarão do Jurássico”, conhecido apenas em fósseis e que se julgava extinto há 50 milhões de anos, agora encontrado no Mar de Coral, na Oceânia, ou espécies marinhas no Atlântico equatorial que resistem em fontes hidrotermais, cujas águas brotam do interior da crosta terrestre e chegam a superar os 400º Celsius.

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