Uma viagem a um passado medieval

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Aljubarrota vestiu-se a rigor para receber “Aljubarrota Medieval”Um regresso de quatro dias à “Aljubarrota Medieval” As “Aljubarrota’s” durante quatro dias transformaram-se e mergulharam no quotidiano medieval Liliana JoãoTerminou ontem, a quinta edição da Feira “Aljubarrota Medieval”, que durante quatro dias animou as “duas aljubarrotas” (freguesias de Aljubarrota Prazeres e de Aljubarrota São Vicente, concelho de […]

Aljubarrota vestiu-se a rigor para receber “Aljubarrota Medieval”Um regresso de quatro dias à “Aljubarrota Medieval” As “Aljubarrota’s” durante quatro dias transformaram-se e mergulharam no quotidiano medieval Liliana JoãoTerminou ontem, a quinta edição da Feira “Aljubarrota Medieval”, que durante quatro dias animou as “duas aljubarrotas” (freguesias de Aljubarrota Prazeres e de Aljubarrota São Vicente, concelho de Alcobaça), evocando outros tempos e outros misteres com artesãos, feiticeiras, cartomantes, tendas árabes, combates entre cavaleiros, tavernas com refeições medievais, muita música, teatro, rábulas e malabaristas, uma organização conjunta da Câmara Municipal de Alcobaça, da duas Juntas de Freguesia, da população, associações e colectividades locais, com custos “a rondar os 40 mil euros”, segundo Alcina Gonçalves, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Alcobaça.

Ao longo de cerca de mil metros de ruas das duas “Aljubarrota’s”, os visitantes tiveram a possibilidade de voltar à época medieval, deparando-se com inúmeras barracas e tendas medievais. Para quem quisesse saborear sabores medievais as tavernas encontravam-se no Largo de São Vicente, na Rua Direita, no Largo Brites de Almeida, na Praça do Pelourinho e no Largo Nossa Senhora de Prazeres. Beatriz Matos, residente em Barcelos, foi a terceira vez que veio a esta feira e destacou “a grande evolução da feira. Este ano está muito melhor e as coisas parecem muito mais organizadas”. Também Mariana Soares, que esteve pela primeira vez na feira, se mostrou impressionado pela positiva, confidenciando ao REGIÃO que “a feira está fantástica. Em comparação com outras, o espaço é mais reduzido o que a torna mais acolhedora”, concluiu.“Gostei bastante de tudo, mas o comer nestas ocasiões é sempre o melhor”, brincou por outro lado José Afonso, residente em Famalicão e que aproveitou as férias na paria da Nazaré para visitar Aljubarrota. “Pode ter a certeza que vou voltar no próximo ano porque, isto está espectacular, principalmente um espaço que uma associação da terra criou. Está muito giro, com animais e tudo”, contou José Afonso. Aníbal Paredes, mais um popular que passeava nas ruas de Aljubarrota, confessou nunca pensar encontrar “tantas pessoas”, numa “festa” marcada pela participação e adesão popular, sendo visíveis muitos habitantes locais vestidos à época, aos quais apenas se juntaram alguns músicos e actores profissionais, contratados para proporcionar uma maior solidez e espectacularidade ao evento. Carlos Tintas, presidente da Associação Motor Aventura do Oeste (AMADO), uma das associações presentes na feira com a sua “quinta medieval”, e que foi elogiada por muitos que estiveram no evento, contou ao REGIÃO que “este ano batemos o record. Conseguimos ter “uma quinta” mais trabalha que o ano passado, mas fizemos tudo em apenas cinco dias”. “Este é um trabalho que fazemos com muito gosto, já que a nossa terra é visitada por muitas pessoas de todos os pontos do país”, confessou o presidente da AMADO realçando “o apoio de algumas pessoas, como é o caso de Pedro João, que nada têm a ver com a associação mas que no fundo foi “o arquitecto da obra”, para além de ter disponibilizado os animais para a nossa quinta”. Ceia e CasamentoA quinta edição de “Aljubarrota Medieval” decorreu durante quarto dias de festa (de 12 a 15 de Agosto), em vez dos três dias da última edição. Mas o prolongamento por mais um dia do evento não foi a única novidade, já que este ano, encenações como a demonstração de uma ceia medieval, assim como de um casamento da época, foram as novidades que se juntaram às habituais no evento. A Ceia Medieval foi uma actividade bastante aplaudida e não faltaram interessados a jantar sem faca nem garfo. Enchidos, queijos, castanhas, pão, pão-de-ló e sangria foram algumas das “iguarias medievais”, durante a ceia. A recriação do Casamento Medieval, na Igreja de Nossa Senhora de Prazeres, realizado no último dia da feira, foi uma actividade bastante aplaudida pelos visitantes.Sucesso das “Marionetas medievais”A companhia “S.A.Marionetas – Teatro & Bonecos”, apresentou durante “Aljubarrota Medieval” o “Theatrum Puparum”, teatro de bonecos. O “Theatrum Puparum, uma estreia nacional, relatou as histórias de “D. Inês de Castro” e “A Padeira de Aljubarrota”, em espectáculos de cerca de 15 a 20 minutos, três vezes por cada, cada um dos espectáculos, com público variado, dos 8 aos 80 anos. Esta nova produção conta com 20 marionetas de vara que trabalharam dentro de uma “tenda medieval”. José Gil, membro da companhia “S.A.Marionetas” revelou que “esta produção excedeu as nossas expectativas porque a maioria dos espectáculos esgotaram”. Com uma produção totalmente ao cargo dos membros da companhia, desde a elaboração de adereços, bonecos e tenda, “tudo foi construído de raiz para o “Theatrum Puparum”, contou José Gil que adiantou que “a ideia é estar presente em feiras medievais pela Europa, ou seja, é um projecto com continuidade”.

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