O bairro social conta com 24 fogosBairro de habitação social em Alcobaça praticamente concluído Está para breve o desaparecimento do bairro de barracas junto à Fundação Maria e OliveiraAntónio Paulo O bairro de habitação social com 24 fogos tipo T2 e T3, que a Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) está a construir junto ao cemitério da cidade, encontra-se em fase de acabamento e as habitações deverão ser entregues, até Abril próximo. De acordo com Alcina Gonçalves, vereadora da Acção Social na CMA Este novo complexo habitacional vai permitir alojar a comunidade de etnia cigana que actualmente vive no bairro de barracas, existente junto às instalações da Fundação Maria e Oliveira.

A construção do novo bairro que será entregue pelo empreiteiro à autarquia até final deste mês, envolveu um investimento de cerca de 1,1 milhões euros – co-financiado em 50 por cento pelo Instituto Nacional da Habitação -, e de acordo com Gonçalves Sapinho, presidente da autarquia, constitui “um passo decisivo” na resolução do “grave problema da etnia cigana”. “É para resolver de raiz”, sublinha o edil referindo-se ao acabar com o bairro de etnia cigana, que permitirá entregar aqueles terrenos à Fundação Maria e Oliveira, nos quais a instituição pretende ampliar as suas instalações. Em troca, a Fundação compromete-se a apoiar o realojamento de várias famílias, contribuindo com a construção de mais algumas casas em terrenos de que é proprietária, junto ao Hospital Bernardino Oliveira. Resolvido o “problema” do bairro, Gonçalves Sapinho pretende “definir” um espaço onde os ciganos poderão ficar, “de passagem, por dois ou três dias, conforme a lei”, mas sublinha que não vai permitir a fixação de membros daquela etnia, para além daqueles que estão recenseados na Câmara, “como forma acabar de vez com as barracas”.A grande maioria dos membros da comunidade cigana residente em Alcobaça chegou à cidade em 1974, vindo a instalar-se em contentores de uma obra, onde está hoje implantado o quartel dos bombeiros locais. Em 1988, e para permitir a construção do quartel, os ciganos foram transferidos para o actual acampamento junto à Fundação Maria Oliveira. Entretanto, a comunidade foi aumentando e hoje, de acordo com dados disponibilizados por Alcina Gonçalves, “são ao todo 130 as pessoas de etnia cigana, distribuídas por 26 famílias, as quais serão realojadas no bairro social, restando por resolver as situações de dois ou três agregados familiares, cuja solução poderá passar pelo alojamento temporário em casas arrendadas”. “Essas famílias deverão a médio prazo ser realojadas nas habitações sociais que a Fundação Maria e Oliveira, vai construir”. Para além deste bairro social em Alcobaça, a Câmara Municipal está construir um outro bairro na freguesia da Maiorga, composto por oito fogos, num investimento estimado de 600 mil euros, que segundo Alcina Gonçalves “será destinado a alojar outros agregados familiares carenciados da cidade e concelho de Alcobaça”.