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Marcha do Orgulho com mais de 300 participantes

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Realizou-se nas Caldas da Rainha, no dia 26 de junho, uma marcha em defesa da comunidade lésbica, gay, bissexual, transgénero e outras orientações de género, com mais de três centenas de manifestantes a rejeitarem serem discriminados e a reclamarem por condições que permitam assumirem-se perante a sociedade. O movimento “Caldas em Marcha” foi o organizador […]

Realizou-se nas Caldas da Rainha, no dia 26 de junho, uma marcha em defesa da comunidade lésbica, gay, bissexual, transgénero e outras orientações de género, com mais de três centenas de manifestantes a rejeitarem serem discriminados e a reclamarem por condições que permitam assumirem-se perante a sociedade.

O movimento “Caldas em Marcha” foi o organizador da Marcha do Orgulho LGBTQI+, que deixou vincada a mensagem de construção de uma comunidade fortalecida em defesa dos seus direitos. “Temos cada vez mais localidades em Portugal com marchas do orgulho e queremos contribuir para essa luta. Muitas vezes sofremos de situações violentas e é preciso força para fazer valer os nossos direitos, desde o acesso a serviços de saúde que possam ajudar as pessoas trans (transgénero) nos seus processos de transição, e lutamos pelo combate à discriminação no nosso acesso ao trabalho e à educação e por condições básicas de vida que muitas vezes são negadas por sermos como somos”, comentou Gil Ubaldo, da organização.

Segundo apontou, “precisamos de implementar no país medidas estruturais que nos permitam viver sem ser em insegurança”.

Maria do Mar, uma das participantes, explicou que marcou presença na marcha para “mostrar que todos juntos somos fortes”. “É um grande passo, porque nunca houve nas Caldas este tipo de eventos”, frisou.

“As gerações antigas ainda não aceitam muito bem e para elas não faz muito sentido, mas nós queremos mostrar que toda a gente é livre de ser o que é”, disse Rita Silva.

Pedro Clérigo alertou que “muita gente sofre de homofobia na rua e na escola”, enquanto Frederico Francisco relatou que “sou de França e estou em Portugal há pouco tempo, e vejo que é um país que ainda precisa de mudar mentalidades”.

O desfile, entre o skatepark da cidade e a Praça da Fruta, passando pelo Bairro Azul, zona das avenidas, Praça 25 de abril, Rua Heróis da Grande Guerra, Largo da Rainha e Parque D. Carlos I, foi acompanhado pela PSP, não tendo havido incidentes. A organização pediu aos participantes para não circularem pela cidade de forma isolada, com receio de algumas provocações ou represálias por grupos extremistas, preocupação também acautelada pelas autoridades policiais, mas nada manchou a marcha pacífica.

Na Praça da Fruta houve várias intervenções e foi lido um manifesto, onde os ativistas referiram que a sua missão é “pôr as Caldas da Rainha em movimento por um futuro seguro e digno”.

“As nossas existências, tantas vezes ignoradas, rejeitadas, estigmatizadas, aqui não o serão”, sustentaram, fazendo notar a luta “por escolas que não representem uma constante ameaça às nossas vidas e bem-estar”. “Marchamos contra o conservadorismo que paira sobre o nosso concelho e que traz consigo um cinzentismo que não faz o nosso género”, sustentaram.

A organização anunciou que vai voltar a realizar a marcha no próximo ano e até lá irá promover outras iniciativas.

Significado de LGBTQI

Para compreender o significado de cada letra da sigla:

L (lésbica): pessoa que se identifica com o género feminino e se relaciona afetiva e/ou sexualmente com outras do género feminino.

G (gay): pessoa que se identifica com o género masculino e se relaciona afetiva e/ou sexualmente com outras do género masculino.

B (bissexual): pessoa que se relaciona afetiva e/ou sexualmente com pessoas do género feminino, masculino ou outros géneros.

T (transgénero): pessoa que não se identifica com o género atribuído ao nascer, com base nos órgãos sexuais, e transaciona para outro género.

Q (queer): pessoa que não se identifica com o feminino ou masculino e transita entre os géneros.

I (intersexual): variedade de condições em que uma pessoa nasce com uma anatomia reprodutiva ou sexual que não se encaixa na definição padrão de sexo feminino ou masculino (no passado, era chamado de hermafrodita).

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