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Pescas pedem regulamentação para primeira venda em lota

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Os profissionais da pesca pedem uma regulamentação eficaz da primeira venda de pescado em lota, e queixam-se de estarem a atravessar um período complicado na sua atividade, porque os preços da primeira venda em lota tem atingido mínimos históricos.

O carapau que é vendido em lota a cinco cêntimos/quilo é comercializado nas cadeias de supermercados a cinco euros, enquanto o safio ou a raia que são vendidos a 70 cêntimos o quilo em lota e nas cadeias de supermercado sobe aos 9 euros. Esta diferença tem sido responsável pela venda “sistemática de embarcações do porto da Nazaré e pelo envelhecimento da mão de obra, já que muitos de jovens que tentaram ingressar no setor devido à falta de trabalho em terra, abandonam a atividade quando se apercebem que não justifica”, disse João Delgado, representante da Mútua dos Pescadores da Nazaré, e profissional das pescas. “Cabe ao governo estabelecer normas que possam regulamentar a primeira venda em lota para repartir de forma mais justa a riqueza gerada pela produção da pesca”, frisou. De acordo com o dirigente, na cadeia de produção do setor das pescas, quem vai ao mar fica a perder, mas o consumidor também perde. “Muitas famílias têm dificuldades em consumir mais peixe devido aos preços praticados”. Sem normas que possam regulamentar a primeira venda, “estamos a assistir ao definhar dos profissionais”, alerta, adiantando que os sinais de degradação são visíveis em todo o país “é fácil verificar como se encontram os portos nacionais e os profissionais deste setor, atirados para níveis de marginalidade preocupantes”. João Delgado apela intervenção da própria sociedade civil, a quem atribui um papel importante na defesa da economia do país, recordando um indicador de consumo relevante “em média, cada português consome por ano 50 quilos de pescado“, concluindo que “por aqui se vê que precisamos de uma política séria para o setor das pescas”. O dirigente refere que se estão a “desperdiçar verbas” num país que tem no setor das pescas grandes margens de progressão”, mas que opta por “importar pescado quando podíamos produzir riqueza para todos”. “Temos que nos bater por uma política que confira dignidade aos profissionais deste setor, que é estratégico para o país”, remata, adiantando que “o país não consegue produzir, no setor primário, bens alimentares para seu próprio consumo interno”, importando e aumentando a fatura à economia nacional.

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