Quatro filmes dedicados ao Fado entre Setembro e Dezembro David Mariano O Fado definitivamente está na moda: depois do ciclo de filmes “Amália: A Diva do Fado” (e depois do concerto Amália Hoje em frente ao Mosteiro que segundo os músicos deixaria Amália emocionada se ainda por cá andasse), o Cine-Teatro de Alcobaça volta a receber quatro filmes dedicados a esse património central da matriz identitária portuguesa que integra a candidatura do país a Património Mundial. “Fado Património” arranca já no próximo dia 22 de Setembro com o filme “Fado Capital”, realizado por Lourenço Henriques em 2003, onde o Fado é apresentado como uma linguagem artística profundamente ligada a Portugal. Até aqui nada de novo, contudo, a obra enceta uma viagem através das ruas de Lisboa e dos meandros do Fado, destinada não só a aqueles que já descobriram neste estilo musical uma paixão inquietante, mas também a todos os que desejam encontrar na canção lisboeta, capital espiritual de toda a arte portuguesa, um amor para toda a vida.
Daqui a um mês, no dia 6 de Outubro, chega a vez de “Carlos do Carmo: O Fado de uma Vida”, realizado por Rui Pinto de Almeida. Uma homenagem a Carlos do Carmo que faz com que no Fado, a mesma melodia, a mesma poesia, nasça sempre diferente, de cada vez que a guitarra e a viola rompem o silêncio com os primeiros acordes. Em Novembro, 3, Simon Broughton apresenta “Mariza and the Story of Fado”, um documentário de 60 minutos que cruza a história de Mariza com o Fado. O filme inclui excertos de concertos da fadista, apresentações intimistas em Casas de Fado, um século de gravações de arquivo e a cidade de Lisboa onde a música floresce. Já perto do Natal, temos a 15 de Dezembro “Fados”, de Carlos Saura que, usando Lisboa como cenário, explora as relações profundas entre a música, a cidade e a evolução do Fado ao longo da sua história, desde as suas origens africanas e brasileiras até aos Fadistas mais modernos. Um documentário que junta fadistas e bailarinos de renome, oriundos de Portugal, Brasil, México e Cabo-Verde. No alinhamento principal constam interpretações contemporâneas de Fados clássicos por vozes como Mariza, Carlos do Carmo e Amália Rodrigues, aqui recordada em imagens de arquivo (e há quem garanta que também por esta altura a artista se emocionaria).
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