Terceira amostra seguida com resultado “razoável”… Segundo a Coordenadora Nacional da Associação da Bandeira Azul (ABAE), Catarina Gonçalves, as últimas análises efectuadas à água do mar da praia da Nazaré tiveram como resultado a classificação de “aceitável”. “Como se tratou do terceiro resultado “aceitável”, a bandeira deve ser arreada”, adiantou ao Região da Nazaré. As classificações atribuídas pela Associação da Bandeira Azul são “má”, “aceitável” e “boa” e as análises à água do mar são feitas quinzenalmente. No dia 24 de Agosto, os resultados revelaram, pela terceira vez consecutiva que a qualidade da água é apenas aceitável, o que implica que a Nazaré perde o galardão da Bandeira Azul até ao final da época balnear.
A Bandeira Azul é atribuída anualmente às praias e aos portos de recreio que cumpram um conjunto de critérios de natureza ambiental, de segurança e conforto dos utentes e de informação e sensibilização ambiental. Este galardão, símbolo de referência da qualidade ambiental que os portugueses reconhecem e valorizam é o resultado de candidaturas voluntárias de cumprimento dos critérios para as zonas balneares dos quais 22 são imperativos, 4 são guia e 2 não aplicáveis no nosso país. No que diz respeito às Praias, a Bandeira Azul traduz o respeito pelos critérios da Qualidade da Água, Informação e Educação Ambiental, Gestão Ambiental e Equipamentos e Segurança. Em relação aos portos de recreio, estes critérios significam a observância da Qualidade do Porto, Gestão do Porto e Informação e Educação Ambiental e Segurança. Para Daniel Meco, Presidente da Associação de Nadadores – Salvadores,“é uma situação desagradável, mas, apesar de tudo, não é alarmante, porque a qualidade da água é “aceitável”. Esta situação é normal devido às correntes que arrastam as descargas do rio Alcôa. Deve haver, por parte do INAG, a preocupação de supervisionar a área das descargas do Rio”, adiantou ao Região da Nazaré. Jorge Barroso, Presidente da Câmara, afirmou que “perante um verão atípico e com as marés a mudarem, este último resultado tem a ver com as descargas do Rio Alcôa que mataram peixe e determinaram a abertura das comportas; as outras duas análises têm a ver com dias em que houve chuva.” Ainda segundo o autarca, “a Bandeira Azul deveria contemplar o histórico da praia e ter isso em linha de conta. Há um carácter aleatório em relação às análises, já que se as recolhas forem efectuadas a horas diferentes, os resultados podem ser diferentes.” A água continuará a ser recolhida e analisada até ao final de Setembro e, de acordo com todas as análises efectuadas, será feita uma média que ditará se a Nazaré pode ou não recandidatar-se ao galardão “Bandeira Azul”, esclareceu a Coordenadora nacional da Bandeira Azul.
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