Reflexões Belmiro Fonte Advogado Uma vez mais foi-me dada a oportunidade de, num periódico de elevada qualidade jornalística, poder exprimir opinião relativamente a assuntos de interesse local e regional. Existe, é certo, um sem número de assuntos de elevado interesse, sobre os quais poderia debruçar-me, nomeadamente a possibilidade, cada vez mais real, da construção de uma Marina que se pretende um projecto ancora no desenvolvimento do Concelho e da Região, a implementação de recifes artificiais que permitirão a seu tempo o aumento de stocks piscícolas e o melhor aproveitamento de um nicho do mercado turístico como é o do mergulho, a nova estrutura de rede viária a ser implementada na Vila da Nazaré baseada num estudo efectuado por um Instituto de Excelência que é a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria e que representa um salto qualitativo na vida dos Nazarenos, a abertura de um novo espaço comercial na Vila que promete vir a alterar rotinas e quotidianos de muitos dos habitantes do Concelho, a nova área de localização empresarial, vulgo ALE, entre muitos outros que, por falta de espaço, não serão mencionados neste artigo, mas aos quais prometo espaço muito brevemente.

Mas apesar de tudo, na ordem do dia está um outro assunto ainda que intrinsecamente ligado a todos aqueles, quanto mais não seja pelo aproximar da data para a concretização de eleições para os órgãos do partido, que merecerá a minha atenção e que é, claro está, o Partido Social Democrata. Fui na minha meninice, juntamente com muitos outros dos que colaram cartazes, subiram postes e varandas para ajudar a levar mais alto as ideias e os nomes dos que possibilitaram ao PSD, contra ventos e marés, gerir os destinos do Concelho na última década e, por isso mesmo, assisto com enorme tristeza e pesar ao definhamento político a que o PSD se sujeitou, que culminou com a tomada de posição do Vice Presidente da Câmara Municipal da Nazaré que decidiu afastar-se do partido e concomitantemente passar à situação de independente no executivo camarário. Note-se que este artigo não visa encontrar culpados, nem é isso que se pretende. Contudo, as dificuldades que o PSD atravessa são públicas e notórias e é precisamente neste contexto que surge a minha candidatura juntamente com um conjunto de pessoas que representam uma enorme mais-valia para o partido e a comunidade e às quais, aproveito a oportunidade para agradecer publicamente terem aceite o convite que lhes formulei. É tempo de acreditar que podemos e faremos mais e melhor do que até então; é tempo de aceitarmos que chegou a altura de tomarmos as rédeas do Partido Social-Democrata; é tempo de devolvermos ao Partido um novo conceito de fazer política com ideias e ideais; é tempo de pôr o Partido a pensar política; queremos um Partido que consiga ajudar o Executivo Camarário a implantar as políticas necessárias ao desenvolvimento do Concelho, mas que saiba criticar positivamente quando for esse o caso; queremos um Partido que consiga trazer para o seu seio militantes que há muito se afastaram da vida politica activa mas que ainda têm muito para dar; queremos um Partido que consiga mobilizar os melhores activos humanos do Concelho; queremos um Partido aberto à sociedade civil, com capacidade para saber ouvir os anseios dos nazarenos; queremos um partido melhor; queremos sobretudo um partido de todos para todos. E é precisamente a isso que se propõem os que agora aceitaram o desafio de tomar nas mãos um Partido moribundo mas ao qual, com o esforço de todos, sem excepção, será devolvida a energia com que sempre brindou os nazarenos sempre que estes dele necessitaram. Um bem-haja a todos.