Mosteiro de Alcobaça acolhe painel romano de azulejos O Mosteiro de Alcobaça acolhe até final de Julho o painel de azulejos romano encontrado no inicio do século XX no concelho. António Paulo A Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) participou e colaborou no transporte e na colocação do mosaico romano “Apolo” no Mosteiro de Alcobaça, obra encontrada em 1902 no lugar da Póvoa, em Cós – aquando da plantação de uma vinha – e desde então preservado no Museu Nacional de Arqueologia. A apresentação oficial do mosaico à população decorreu no passado dia 30 de Março, na Sala dos Reis do Mosteiro, onde estará em exposição até ao final de Julho. E para dar continuidade ao projecto, e como não foi possível a exploração da obra no local de origem, a autarquia planeia produzir uma réplica do mosaico, enquanto aguarda pelas condições adequadas para receber o original, que é apenas uma quinta parte da obra, que possui um simbolismo solar e aquático e, na parte central, encontramos a figura de “Apolo”.
O acto de apresentação de “Apolo” contou com as presenças do director do Mosteiro, Rui Rasquilho, de Ana Isabel Palma em representação do director do Museu Nacional de Arqueologia, da vereadora da Cultura da CMA, Alcina Gonçalves e ainda da presidente da Junta de Freguesia de Alcobaça, Manuela Pombo. Para a vereadora Alcina Gonçalves, numa alusão também à Estação Arqueológica de Parreitas (Bárrio) “é um privilégio para o concelho ter esta grande presença romana”, sublinhando que “só com a colaboração entre as instituições conseguimos trabalhar”. “Só assim podemos fazer alguma coisa!”, reforçou a autarca. Uma conclusão reforçada por Rui Rasquilho, para quem “o apoio da CMA e a colaboração com o IGESPAR, tem sido essencial para a recuperação do património nacional”. Segundo Ana Isabel Palma, do MNA, ficou a dever-se a Leite Vasconcelos o facto de o painel ter chegado aos nossos dias e poder ser visualizado. Quanto às dimensões, Ana Isabel Palma, adiantou que muitas peças estão a ser alvo de restaurado, salientando a existência de textos que indiciam a existência de um segundo painel e, até mesmo de um terceiro. A representante do MNA explicou ainda que a técnica que está a ser usada no restauro do painel é inovadora, assente na utilização de material sintético e amovível, o que permite que, a qualquer altura, se possa ter acesso ao estado original, o que facilita que, daqui a alguns anos, caso se descubra outro tipo de intervenção mais específica, não se destruam partes da peça ao remover a técnica agora utilizada.
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