À esquerda o rés do chão em estudo para servir de alternativa às actuais instalações do serviço de saúde em São Martinho do Porto

São Martinho do Porto “segura” extensão do Centro de Saúde

Assegurada a manutenção do serviço de saúde local, agora o objectivo prioritário é encontrar novas instalações

António Paulo

A população de São Martinho do Porto, tem, aparentemente, indicadores que lhe permitem ficar mais sossegada quanto à permanência da extensão local do Centro de Saúde de Alcobaça. Mais, está a ser estudada por parte da Junta de Freguesia local e pela Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) a aquisição de um novo edifício para instalar o mais rapidamente possível aqueles serviços, uma vez que o prédio de primeiro andar onde actualmente funciona, não reúne as mínimas condições para servir os utentes com dignidade e funcionalidade, e condições de segurança para os próprios profissionais de saúde exercerem as suas funções.

Os profissionais de saúde chegaram a equacionar a possibilidade de não continuarem a dar consultas nas instalações actuais, alegando falta de condições e de segurança e o Centro de Saúde de Alcobaça, que coordena as extensões de saúde do concelho, terá chegado a estudar a possibilidade de transferir a extensão para Alfeizerão, situação que foi, desde o primeiro momento, rejeitada pela população e autarcas locais. Estes sinais fizeram soar as “campainhas de alarme” junto dos autarcas “laranja” e “rosa” da Junta, e particularmente da Assembleia de Freguesia, que pela primeira vez neste mandato “cerraram” fileiras e encetaram diligências para encontrar uma solução que assegurasse a permanência e transferência para melhores instalações daqueles serviços. Técnicos da Administração Regional de Saúde acompanhados do presidente da Junta de Freguesia, Antunes Pereira, já visitaram as instalações a deram o seu aval a uma futura instalação, ainda que tenham de vir a ser efectuadas obras de adaptação. Depois de estudadas outras possibilidades de localização, o “REGIÃO” apurou que o rés-do-chão para onde se projecta a reinstalação do serviço de saúde local, se situa praticamente em frente à entrada principal da Escola EB 1 local, e que já terão sido mesmo encetados contactos exploratórios por parte da CMA com a instituição bancária a quem estará hipotecada a totalidade do edifício, composto de um piso térreo e de um primeiro andar. De adiamento em adiamento Caso se concretize esta solução, ficará, pelo menos para já, pelo caminho o projecto idealizado há anos pela CMA, liderada por Gonçalves Sapinho (PSD), de construir de raiz uma nova extensão do Centro de Saúde em terreno de sua propriedade localizado junto ao bairro social. A contenção da despesa pública por parte do Governo, aliada à reestruturação dos serviços de saúde, estará na origem da ausência de concretização do projecto, o qual chegou a ser elaborado nos serviços camarários e enviado para apreciação pela Administração Regional de Saúde, a qual foi adiando uma saída positiva para as pretensões da autarquia. Perante o impasse Gonçalves Sapinho chegou a anunciar que construiria a extensão do Centro de Saúde com dinheiros da própria autarquia, para depois anunciar o interesse de um mecenas “secreto”, que como forma de homenagem a seu antepassado, estaria disponível para comparticipar financeiramente na edificação do imóvel, desde que este incluísse a valência de um lar-residencial para a terceira idade. Recentemente, de acordo com Gonçalves Sapinho, o financiador anónimo alegou “indisponibilidade momentânea”, e o projecto da construção de instalações para albergar a extensão do Centro de Saúde em São Martinho do Porto, regressou à “estaca zero”, sendo agora, outros os caminhos que estão a ser percorridos, para criar condições de dignidade e de funcionalidade aos utentes e profissionais do serviço local de saúde.