Doces conventuais mostram-se no Mosteiro de AlcobaçaA partir de amanhã e até ao próximo domingo Doces de receitas mais ou menos secretas e licores de fórmulas guardadas a sete chaves deixam-se “descobrir” durante quatro dias António PauloToucinhos-do-céu, barrigas de freira, ovos-moles, castanhas de ovos, pão de rala, papos de anjo e pão-de-ló de Alfeizerão. As inovações actualmente fabricadas em conventos europeus como chocolates, marmeladas, licores, bombons, biscoitos e bolachas. O licor de ginja de Alcobaça e o licor de Singeverga – o único ainda fabricado num mosteiro em Portugal. Estes são alguns doces e licores conventuais que a partir de amanhã e até ao próximo domingo farão do Mosteiro de Alcobaça, o mais apetecível dos cenários para o cometimento de tão inconfessáveis, quanto deliciosos pecadilhos gastronómicos.
Apostada na preservação e divulgação do riquíssimo património cultural que é a doçaria baseada na tradição gastronómica herdada da presença dos monges e monjas cistercienses dos Conventos de Alcobaça e Coz, a Câmara Municipal de Alcobaça organiza a “VIII Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais”. Pela primeira vez na sua história o certame regressa a um dos cenários – Mosteiro de Alcobaça – onde os seus criadores ensaiaram secretamente receitas e fórmulas que levaram à criação de doces e licores que ao longo dos séculos, por certo, não deixaram indiferentes os mais austeros paladares. Nos próximos dias, estas delícias sedutoras, verdadeiras maravilhas, criadas através de mil e uma experiências, de longa prática e dedicação, de paciência e devoção e licores que ao longo dos séculos foram rodeados de secretismo, serão tentações disponíveis a todos os que visitarem o Mosteiro de Alcobaça.Para além da fruição gastronómica a ter lugar no refeitório e na sala dos monges nas quais marcarão presença mais de 3 dezenas de participantes nacionais e internacionais, com destaque para os conventos portugueses, mosteiros de Espanha e Abadias da Bretanha e Normandia (França). A deslocação ao Mosteiro de Alcobaça, Património da Humanidade, proporcionará ao visitante um reencontro cultural com marcos importantíssimos da História de Portugal, onde também está bem vivo esse momento tão doce quanto amargo do amor de Pedro e Inês… Quando o Mosteiro abrir ao público as portas da gastronomia conventual, amanhã (quinta-feira) pelas 10h 30m, o dia ficará marcado pela realização do “Concurso para o Melhor Doce”, onde o júri, presidido pelo conhecido chefe Silva, atribuirá um Primeiro Prémio de Qualidade e poderá nomear Menções Honrosas. Um momento de animação terá lugar pelas 21 horas no Claustro D. Dinis, para depois as portas se fecharem pelas 23 horas, um figurino de funcionamento que se repetirá todos os dias, com excepção do domingo em que as 21 horas marcam o fim do certame.
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