Equipa do projecto “Aprender a Crescer” enfrenta entraves financeiros“Aprender a Crescer” em análise e com falta de dinheiro Números divulgados no “I Encontro “Percursos (de) Aprender a Crescer” sustentam a necessidade de continuar o trabalho desenvolvidoJoana FialhoPerto do final de três anos de trabalho, a equipa do projecto “Aprender a Crescer”, desenvolvido na Nazaré, lança o alerta: das 105 crianças que beneficiaram directamente do programa, 27 mantêm-se sinalizadas como situações de risco graves, uma realidade que se torna mais assustadora tendo em conta que o projecto tem fim marcado já no próximo mês de Dezembro.
Os números foram divulgados durante o “I Encontro “Percursos (de) Aprender a Crescer”, que decorreu no passado dia 19de Outubro, no Cine Teatro nazareno, uma iniciativa onde o principal objectivo era avaliar o trabalho desenvolvido e debater a detecção e intervenção precoce de situações de risco. Em curso desde Janeiro de 2003, o projecto, desenvolvido pela Câmara Municipal da Nazaré (CMN), em parceria com o ministério da Segurança Social, envolveu 85 agentes educativos e beneficiou directamente 249 famílias. Conceição Carvalho, coordenadora do projecto, garantiu que este “sucesso” se deve a um trabalho “muito bem pensado e organizado, pois inicialmente as famílias não aderiram com facilidade, e por vezes foi muito difícil acompanhá-las”. Quanto à importância das acções desenvolvidas durante os últimos três anos, Mafalda Barqueiro, assistente familiar envolvida no projecto, é bem clara: “trabalhamos todos os dias para dar autonomia às famílias e às crianças, pois só assim se podem ultrapassar todos os obstáculos”.Na sessão de abertura do Encontro, Jorge Barroso, presidente da autarquia nazarena, sublinhou que “é necessário garantir a continuidade deste trabalho, para que as crianças possam crescer numa sociedade mais forte, mais coesa e onde a inserção seja uma realidade”. Esta posição foi reforçada por Reinaldo Silva, vereador com o pelouro da Área Social e responsável pelo projecto, ao afirmar que “a autarquia tem aqui uma enorme responsabilidade, até porque as poucas instituições existentes não têm recursos financeiros que permitam dar resposta aos casos sinalizados”. “Por isso, a autarquia está atentar obter do ministério da tutela a aprovação ao prolongamento do projecto durante mais um ano, o tempo necessário à criação de algumas estruturas que permitam dar continuidade a um trabalho, que não pode ficar por aqui”, concluiu.
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