Deslumbramento” com a obra de recuperaçãoSacristia Nova e a Capela Barroca dos Relicários do Mosteiro de Alcobaça já reabriram A Sacristia Nova e a Capela Barroca dos Relicários foram reabertas ao público, numa cerimónia marcada pela ausência da ministra da Cultura Liliana JoãoA Sacristia Nova construída pelo mestre de obras do rei D. Manuel I, João de Castilho, e a Capela Barroca dos Relicários do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, reabriu no passado dia 11, numa cerimónia marcada pela ausência da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, que “por motivos urgentes”, como explicou o seu chefe de gabinete, Carlos Rodrigues, que compareceu em representação da governante.
“Investir em Património é investir em pessoas” foram as palavras de ordem da mensagem que Isabel Pires de Lima enviou pelo seu representante, elogiando o trabalho de reparação da Sacristia Nova e da Capela Barroca dos Relicários, frisando que estas obras não se devem fechar mas sim “levar a obra a todos e colocar ao serviço de toda a população” porque “não basta restaurar”. Mecenas procuram-se Esta obra teve um investimento de 300 mil euros, pagos em parte por patrocinadores privados de Alcobaça – Caixa de Crédito Agrícola de Alcobaça, Balbino & Fautino, Lda e José Cordeiro Luís – , mecenas que Rui Rasquilho, director do Mosteiro de Alcobaça, tem muita confiança que “depois de verem o trabalho que foi feito na Sacristia Nova e na Capela Barroca dos Relicários vão querer associar-se ao Mosteiro”, já que algumas obras no monumento, como a loja do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e um elevador para que o Mosteiro tenha acesso a deficientes motores, “são urgentes”, porque “há tanta coisa para fazer, já que o património somos nós”. Rui Rasquilho, após uma minuciosa explicação de todos os passos dos dois espaços recuperados ao longo dos tempos, aproveitou para lembrar os muitos presentes na cerimónia que “amar o património significa preservá-lo e mantê-lo”, já que o Mosteiro de Alcobaça “é um símbolo ligado à história do nosso país”. “Parabéns por aquilo que é aberto para todos nós, já que este santuário, termo religioso para a Sacristia, é o espelho do céu, como chamavam os cistercienses”. Foi assim que o bispo auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, iniciou o seu discurso na cerimónia, que, tal como referiu Rui Rasquilho, simbolizou o “entendimento” entre a igreja e a arte. Elísio Summavielle, presidente do IPPAR, lembrou que “nada se fez para ontem, no que diz respeito a património”, justificando os cinco anos necessários para a recuperação da Sacristia Nova e da Capela Barroca dos Relicários, já que para que “o trabalho seja visível tem que ser minucioso e demorado para evitar falhas”. Uma recuperação completaA Sacristia mandada construir por D. Manuel I, e reconstruída após o terramoto de 1755, preserva o Portal Manuelino e a Capela Relicário. A Capela Relicário tem, por seu lado, um dos mais originais interiores portugueses, na conjugação perfeita entre o enquadramento arquitectónico, a arte portuguesa da talha dourada e os bustos de santos e mártires de terracota, testemunho da tradição escultórica dos monges-barristas de Alcobaça.Objecto de uma complexa intervenção de valorização, que inclui mesmo a reformulação da sua contextualização urbana, ao longo de toda a segunda metade do século XX, foram igualmente realizadas, ao longo dos últimos anos, importantes obras estruturais e de restauro, culminando estas com a apresentação pública do renovado conjunto Sacristia e Capela Relicário.Segundo nota do IPPAR, “nunca, até agora, se tinha procedido a tal intervenção sistemática, recorrendo a sofisticados meios auxiliares de diagnóstico e de tratamento, como aquela que se iniciou em 2001 e que, retomada em Junho de 2005”, concluída actualmente.Foi efectuada uma profunda intervenção de conservação e restauro do impressionante conjunto escultório da Capela, o esforço estrutural dos móveis amitários da Sacristia e dos arcazes.
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