Venda abusiva do “quinhão” preocupa peixeiras do Mercado MunicipalOposição, maioria e peixeiras preocupadas com venda ilegal de peixe no mercado da Nazaré Sob a capa da venda do tradicional “quinhão” muitos vendem peixe à margem da lei António PauloA venda ilegal de peixe fresco no Mercado Municipal da Nazaré está a preocupar a CDU da Nazaré, que através de um requerimento recentemente enviado ao presidente da Assembleia Municipal, alerta para a alteração da situação. Naquele documento, a CDU nazarena defende “a necessária discussão desta matéria” em sede de Assembleia Municipal, evidenciado as suas preocupações com o facto de “a venda ilegal de peixe fresco dentro e fora do Mercado Municipal ser uma realidade que prejudica gravemente todos aqueles que se encontram legalizados neste sector”, sustenta a coligação.
“É preciso que a fiscalização no espaço do Mercado Municipal actue com eficácia, para pôr termo a uma situação totalmente injusta, que se tem vindo a arrastar ao longo do tempo”, defendem os comunistas, que no mesmo requerimento, defendem a necessidade de “salvaguardar” a venda do tradicional “quinhão”, que consiste em dois terços por quilograma de peixe pescado, distribuídos aos pescadores. “Não se pode confundir a quantidade de pescado referente a um quinhão, com um número exagerado de caixas de peixe comercializadas ao abrigo deste pretexto”, sublinha a CDU.Do mercado ao portoPor seu lado, o presidente da autarquia, Jorge Barroso (PSD), já abordou por algumas vezes, a situação em reunião de executivo, defendendo que seja preparada “uma solução”. “Toda a questão da venda do peixe no Mercado Municipal terá de ser reequacionada porque funciona em moldes antigos, que não se compadecem com a actividade dos dias de hoje”, sustenta Jorge Barroso. “Estamos preocupados com o problema e faremos chegar à Assembleia Municipal uma proposta para alterar a situação”, adiantou o autarca, sublinhando que “a fiscalização tem actuado”. “O problema é detectar o produto que fará, ou não, parte do quinhão”, reconhece o autarca, salientando que “no Mercado existe uma banca gratuita onde se pode vender o quinhão, mas muitas pessoas aproveitam aquele espaço para vender produto que não faz parte do quinhão”. Na penúltima reunião do executivo, Jorge Barroso, voltou ao tema, para referir que “também durante as descargas de pescado no Porto de Abrigo, existe um grande número de pessoas que sob a capa do quinhão, faz negócio com o peixe fora do circuito legal”, defendendo uma maior disciplinarização do acesso de pessoas àquele local.
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