A organização teve uma particular preocupação em trazer crianças ao recinto“I Mostra Florestal e Ambiental da Nazaré” decorreu durante quatro dias no Parque AtlânticoTerminou no passado domingo a primeira edição da “Mostra Florestal e Ambiental da Nazaré”Liliana JoãoDurante quatro dias, a Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, em conjunto com a Câmara Municipal da Nazaré em colaboração com a Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré, organizaram a “I Mostra Florestal e Ambiental da Nazaré”, que encerrou domingo. A mostra decorreu no Parque Atlântico, no Sítio, na Nazaré, um espaço, que segundo Abílio Santiago, presidente da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, “é magnífico, mas que está subaproveitado e apenas com vida apenas no Verão, e para o qual pretendemos criar uma habituação durante todo o ano”.
Contando com a participação de cerca de três dezenas de expositores, a mostra integrou na sua programação actividades, tão diversificadas, como uma campanha de adopção de animais, um concurso de moto-serras, demonstrações de esculturas em madeira, exposição de equipamentos, desportos radicais, para além de iniciativas de sensibilização ambiental. No decorrer da mostra e com o objectivo de proporcionar ao público um contacto mais directo com a floresta e o ambiente, temas como os fogos, a replantação, a limpeza das florestas, estiveram igualmente em evidência.“Como é a primeira vez que se organiza esta mostra, não estávamos à espera que aqui viesse uma multidão, e também por isso, não foram criadas expectativas muito altas” explicou Abílio Santiago, sublinhando que “o importante foi trazer ao recinto as crianças, que no final, são os adultos do futuro e que são o melhor veículo de sensibilização para os mais velhos”, explicou Abílio Santiago. Esta é uma opinião partilhada por Jorge Barroso, presidente da Câmara Municipal da Nazaré, que acredita que “o que menos importa nestes casos são os números: se vierem ao espaço dez pessoas e oito saírem sensibilizadas é óptimo, mas se vier uma multidão e ninguém daqui sair sem nenhuma luz sobre o que se tentou aqui transmitir, isso é bastante pior”. Jorge Barroso realçou ainda “a importância de eventos como este, em que se tenta sensibilizar a sociedade para a prevenção dos fogos” já que “os fogos não se combatem depois de estarem instalados, mas sim antes”. Para Joaquim Morais, presidente da Associação de Produtores Florestais dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré (APFCAN), “a mostra tem toda a pertinência, dada que nos encontramos a cerca de um, dois meses da época de fogos, sendo uma iniciativa muito importante, tendo em conta a área onde estamos inseridos”. O presidente da APFCAN explicou que “actualmente a Associação, para além de participar em campanhas de sensibilização como esta, também tem vindo a trabalhar no terreno, já desde Setembro passado, e desde o início do anos que estamos a proceder ao levantamento dos terrenos nas zonas de Alcobaça e Nazaré, para além de termos as nossas equipas a fazer limpeza constantemente, nomeadamente em zonas que nos pareceram de maior risco de incêndio”. Prevenir para não arderO certame foi marcado também pela realização de dois colóquios, “iniciativas muito importantes na programação da mostra, tanto no âmbito da floresta, como do ambiente”, como salientou Abílio Santiago. “O Impacte dos Fogos Florestais no Ambiente e Recursos Hídricos” e “A Floresta – Problemas Actuais, Perspectivas Futuras”, foram as designações dos colóquios, sendo o último aproveitado, para tal como referiu Joaquim Morais, “para explicar como vão funcionar as coisas este ano na área da prevenção e combate imediato aos incêndios”, já que “se um fogo for combatido nos primeiros minutos de deflagração, há poucas probabilidades de se propagar”. Durante este colóquio, Aida Cardoso, da Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), explicou quais as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), “novas formas de organização na gestão florestal” e como estão a ser implementadas. “O objectivo das ZIF é agregar propriedades de pequena dimensão para uma melhor gestão. Estas ZIF têm que possuir uma área territorial contínua e delimitada”, e que, entre outros aspectos, “devem proteger e fomentar os espaços florestais”.
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